|
REVISTA TRIPLOV
de Artes, Religiões e Ciências
nova Série . número 66 . agosto-setembro
. 2017 . ÍNDICE
|
|
ANTÓNIO BARROS
Sete revisit_acções_ES |
|
|
|
7 r e v i
s i t _a c ç õ
_E S
#1 O Teu Corpo é o
Meu Corpo,
1972-1978, Ernesto de
Sousa [ES].
É esta assinatura,
segundo os registos
publicados, "uma
designação criada por
Ernesto de Sousa para
agrupar uma série de
acções, performances
e exposições. Este ciclo
inclui produção gráfica,
fotográfica e fílmica,
textos poéticos e obras
mixed-média
realizadas entre 1972 e
1988, entre as quais
Luiz Vaz 73, Revolution
My Body nr. 2, Tu cuerpo
Es Mi Cuerpo/ Mi Cuerpo
Es Tu Cuerpo, Olympia,
Tradição Como Aventura".
Com reedições diversas a
partir dos fins dos anos
setenta, a fachada do
CAPC_Círculo de Artes
Plásticas de Coimbra, à
rua Castro Matoso, 18,
em Coimbra, enunciou, e
ainda hoje o mostra, em
modo de elegia, esta
assinatura de ES -
O Teu Corpo é o Meu
Corpo.
[Ver: O Teu Corpo é o
Meu Corpo, Álbum
fotográfico e poético
editado por Paula Pinto,
2014].
|
|
#2 Identificacion Con
Tu Cuerpo,
instalação, Ernesto
de Sousa, 7 - 11 abril
1979,
Museo Vostell
Malpartida, SACOM_2,
Semana de Arte
Contemporânea de
Malpartida, Cáceres,
Espanha. Ao fundo
Revolução, texto
visual, António Barros.
Foto: Monteiro Gil.
[Ver: "Artitude:01_razão
para Projectos &
Progestos", 2017,
Coleção Teatro Académico
de Gil Vicente,
Universidade de Coimbra
(TAGV_UC);
po-ex.net/ _Arquivo
Digital da Literatura
Experimental Portuguesa,
Universidade Fernando
Pessoa, Porto; Revista
Sema #2, Lisboa, 1979].
|
|
#3 Resposta a um
desafio_convite de
Ernesto de Sousa, e a
acontecer na então recém
criada Cooperativa
Diferença_Comunicação
Visual, Lisboa,
António Barros
apresentou a sua
primeira exposição de
Poesia Visual - gRitos
da Angústia e do
Sarcasmo, coleção
onde se inscreve o texto
Escravos, mostra
nessa edição dedicada a
ES. |
|
#4 Pre Texto 2,
Ernesto de Sousa,
Galeria CAPC_Círculo de
Artes Plásticas de
Coimbra, 11-22 dezembro
1981.
"saturnalidadedoirorgiaarcaicoantigramapaioudeuscomonumespelhoorisodamulhersole
taoparaisoonúmerodoisdáprazeradeuscomonumanagramaoresíduoésemprezerohermé
ticocarnavaltematextoepretextoonúmerorelaçãonovedezeroumdialogismoquandoapedr
aderflôrsaussuredepoisdesaussurrealoucuraapoesiaacasouncoupdesésamomortedocor
ponafestaemabismohistóriaoucatástrofecomoambiguidadecomoartecomoviveraviagem
éodireitoàdiferençamesmonoreinodaestupidezc
P.S.
1. A instalação
PRE TEXTO foi
parcialmente ex posta em
Lisboa (1979, Galeria
Quadrum: A
Tradição como Aventura,
livro único
Nomes-próprios-im-próprios)
e em Berlim (1980,
Galeria Ars Viva!,
one man show). É a
primeira instalação
autónoma de PRE TEXTO.
2. Autónoma mas
obviamente incompleta.
3. Esta instalação
é dedicada a Maria
Estela Guedes, que
certamente a não verá,
nem saberá dela. E a LUG
também." ES.
[Ver: Catálogo "Círculo
de Artes Plásticas de
Coimbra - 54 Exposições,
1981-1983"].
|
|
#5 The Promised
Land_Requiem Para
Vilarinho das Furnas,
Video-sculpture,
5 outubro 1979, José
Ernesto de Sousa,
Projectos & Progestos
(P&P) _Novas Tendências
nas Linguagens
Artísticas
Contemporâneas,
Teatro Estúdio CITAC,
Universidade de Coimbra,
dezembro 1982. P&P, em
modo simposium,
teve coordenação de
António Barros e Rui
Orfão.
[Ver: Livro "Esta danada
caixa preta só a murro é
que funciona", Edição da
Imprensa da Universidade
de Coimbra,
ISBN:972-87-04-97-6,
Coimbra, 2006, CITAC e
IUC; Arquivo Digital da
Literatura Experimental
Portuguesa,
po-ex.net/;
"Artitude:01_razão para
Projectos & Progestos,
Coleção TAGV_UC].
|
|
#6 A convite de Ernesto
de Sousa surge a edição
de: Elementos para um
manifesto GerAccionista_Artitude:01_Revista
Ambiente, 1983, Galeria
Diferença,
Lisboa.
[Ver: "Artitude:01_razão
para Projectos &
Progestos, Coleção
TAGV_UC].
|
|
#7 Coimbra ... e os
meus amores, Ernesto
de Sousa, 15 novembro
1985, obra inédita, para
a revista Via Latina,
Inverno de 1985-1986,
Coimbra, p. 42, número
especial, publicado no
âmbito do primeiro
centenário da Associação
Académica de Coimbra
(AAC), teve Coordenação
de António Barros, Corpo
Redactorial de Daniel
Cartucho, Isabel Carlos,
Luís Fernandes, José
Pedro Reis, Tiago Taron
e Vitalino José Santos,
publicação propriedade
da AAC, Universidade de
Coimbra.
Entre os diversos
colaboradores: Alberto
Carneiro, Alberto
Pimenta, André Gomes,
António Almeida Santos,
António Pinto Ribeiro,
Boaventura de Sousa
Santos, Delfim Sardo,
Eduarda Cruzeiro,
Ernesto Melo e Castro,
Ferrer Correia, Helena
Almeida, Joaquim
Namorado, Rita Marnoto e
Rolf Lederbogen. [Ver:
Coimbra é uma lição,
Eugénia Vasques,
Semanário Expresso,
Lisboa, 1986].
|
|
|
|
|
António Barros
• Nasceu em 1953 - Funchal, Ilha da Madeira.
Estudos: Facultat de Belles Arts, Universitat de
Barcelona; Universidade de Coimbra. Vive e trabalha em
Coimbra.
Em "Artistas Portugueses na Colecção da Fundação de
Serralves", é o director do Museu, João Fernandes, quem
enuncia: "António Barros é dos nomes relevantes do
contexto da poesia experimental e das artes
performativas em Portugal. A obra de António Barros
objectualiza e espacializa o texto, explorando novas
polissemias originadas pelo cruzamento da textualidade
com uma visualidade iconoclasta e irreverente".
De sensibilidade fluxista, a sua obra convoca não só uma
arte de situação debordiana, como ainda a Escultura
Social de Joseph Beuys, tendo também trabalhado com Wolf
Vostell no Vostell Fluxus Zug, Das Mobile Museum Kunst
Akademie em Leverkusen.
Se as suas artitudes convocam o situacionismo de Guy
Debord ao visitar a poésie directe francesa, Lawrence
Ferlinghetti, pioneiro do Movimento da Beat Generation
para a poesia - quando destaca a obra performativa
"Revolução" em Cogolin, 1986 -, e Julien Blaine - ao
publicar "Tradição" e "Escravos" na revista Doc(k)s -,
são quem primeiro internacionaliza a arte de António
Barros.
Esta última atitude em objecto-texto, é a que em 1984 um
júri - integrando Sophia de Mello Breyner Andresen,
David Mourão Ferreira, Urbano Tavares Rodrigues, José
Carlos de Vasconcelos, Maria Velho da Costa e Manuel
Alegre -, destacou no Concurso Nacional de Poesia 10
Anos do 25 de Abril, resultando este texto num elemento
identitário do seu percurso "visualista" - onde o
objecto e a palavra sinergicamente se insinuam.
A resiliência com que sinaliza os seus gestos de escrita
[progestos], leva-o ainda à territorialidade do objecto
escultural, vindo a criar, e para além dos seus
múltiplos environments como "Algias, NostAlgias" e
"Amant Alterna Camenae", o Prémio de Estudos Fílmicos
Universidade de Coimbra, com que foram laureados Alain
Resnais, Manoel Oliveira e João Bénard da Costa.
http://barrosantonio.wordpress.com |
|