|
Domingos da Mota (Portugal,
1946, Cedrim, Sever do Vouga). Licenciou-se em Filosofia pela Faculdade
de Letras da Universidade do Porto (como trabalhador-estudante). Trabalhou
num laboratório da indústria farmacêutica. Reside em Vila Nova de Gaia.
Publicou o livro, Bolsa de Valores e Outros Poemas, Edição Temas
Originais, em 2010.
Tem poemas dispersos por colectâneas, revistas, jornais, e em diversos
sítios do ciberespaço. Dos seus blogues, actualiza com alguma frequência:
http://domingosmota.blogspot.com/. |
|
|
|
DOMINGOS DA MOTA
A
catadura
|
|
|
Soubesse fazer do riso
uma receita, um remédio,
um tratamento preciso
contra o medo, contra o tédio,
e contra as dores indizíveis
de difícil diagnóstico,
dores difusas, susceptíveis
e de incerto prognóstico
que estimulam o quebranto
e agravam a depressão
e a apatia, porquanto
o seu pérfido ferrão
espicaça a catadura
do negrume que perdura.
Domingos da Mota
[Inédito]
|
|
|
|