REVISTA TRIPLOV
de Artes, Religiões e Ciências


Nova Série | 2011 | Número 18

 

 

 

 

... de mangas arregaçadas (ou sugerindo-as), olhar luminoso e frontal, expressão atenta, sorriso esboçado entre nostalgia indefinida e ludismo intelectual, anedotário oportuno, resposta pronta e reflexão vertiginosa, ei-lo: Onésimo Teotónio de Almeida[1]. Daquelas raras personalidades a quem o nome próprio basta como identificação, justificando a sua maiusculação em título: Onésimo.

Académico d'aquém e d'além mar[2] em frequente travessia de flying teacher que o hífen de um dos seus títulos consagra com peso: O Peso do Hífen (2011).

EDITOR | TRIPLOV

 
ISSN 2182-147X  
Dir. Maria Estela Guedes  
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ANNABELA RITA

 

Português sem Filtro... 

 

                                                                  
 

Da sua vasta bibliografia, destaca-se o ensaio breve que tende a ser designado por crónica: disperso, em papel e na web, e em livro. Português sem Filtro, agora lançado pelo Clube do Autor, reúne, por isso, uma selecção de leitores que assumiram essa iniciativa: Cristina Ovídio, João Maurício Brás e Ana Bernardo. Uma antologia de diferentes rostos em diálogo com o autor, que se relê através deles e que lhes dedica a obra a ele dedicada: potpourri a considera. No final, um puzzle de citações evoca outros comentários de leitores “Sobre a escrita de Onésimo”, emoldurando, justificando e redimensionando a antologia: a grande angular da obra e do intelectual numa polifonia que conjuga no aqui e agora textuais o disperso, unindo-o. O perfume de um outroragora…

Da crónica (como a pratica), disse recentemente, numa entrevista televisiva em Câmara Clara, tratar-se de "ensaio em mangas de camisa"[3]. E disse-o com pleno rigor no que respeita que à sua escrita nesse género.

Eça de Queirós, com que a crónica portuguesa se conformou genologicamente assumindo a herança iluminista caldeada por garrettiana ensaística e definindo-se estrategicamente em função da conquista de um público alargado para além das margens culturais habituais, anelante de leitores sem hábitos de leitura e com falta de formação sólida (académica, científica, cultural), disse que a crónica era como uma conversa...

A definição queirosiana dissimula a complexidade sistémica: a crónica procura conciliar, retoricamente, o objectivo informativo e o formativo. Escrita do tempo no tempo na velha tradição da que das antigas crónicas lhe vem e que a secção jornalística assumiu como principal na fase em que era, ainda, jornal dentro do jornal. Comentário partilhando um ponto de vista, uma opinião, argumentando-a a partir do caso, da situação. Também: manipulação de lugares, de referências e de padrões de conhecimento para, em função de um caso, convidar o leitor a fazer um percurso reflexivo de modo a adquirir competência e autonomia críticas, qualidades indispensáveis ao exercício de uma plena e desejável cidadania. Na sua matriz iluminista, a íntima conexão entre o epistemológico e o retórico conferem ao padrão relacional uma funcionalidade descritiva e pedagógica: ele demonstra como se realiza o pensamento reflexivo, mas também o disciplina, vertebralizando-o nas suas etapas e processos. [4]

Uma crónica assim, mais do que informar sobre e partilhar opinião, ensina a formá-la: a observação do caso conduz, através da utilização comparativa de referências, por indução, ilação ou dedução, ao conhecimento sistémico, o conjuntural orienta para o geral.[5]

A tradição científica anglo-saxónica manteve a íntima relação entre a investigação e a sua divulgação que o "Invisible College" inglês assumiu promover, começando com a simbólica fundação do College for the Promoting of Physical-Mathematical Experimental Learning nos primórdios da Royal Society. Com lema (Nullius in verba) e acção valorizando a experiência e a observação, o saber validado e resultante de ambas, surge como uma outra perspetiva da ciência[6] que, no centro da Europa, valoriza a autoritas (tradição e erudição) e a manutenção das fronteiras do campo científico, defendidas pelo segredo e pela linguagem em que ele se verte (o latim, a linguagem cifrada ou codificada).

Resulta daí uma forte e sólida tradição da divulgação científica na cultura anglo-saxónica que os próprios cientistas não desdenham protagonizar: colecções como as da "Ciência Aberta" da Gradiva oferecem bons exemplos dessa divulgação por especialistas. E esses mesmo especialistas oferecem-nos ainda outra lição: a da abordagem de matérias de áreas disciplinares a que são ‘alheios’, ponderando-as do seu ponto de vista. Este segundo caso tem consequências a dois níveis: por um lado, esses especialistas contribuem para renovar, complementar ou reforçar o conhecimento de tópicos de outras disciplinas; por outro lado, contribuem também para uma perspectiva relacional do conhecimento (Gregory Bateson), quer pelo diálogo entre elas, quer promovendo em cada uma delas o ‘efeito de borboleta’ (Edward Lorenz) do progresso nas outras. Lembro, ao acaso e de memória (permitam-me a escrita ao correr da pena), Lewis Thomas, médico e biólogo, em A Medusa e o Caracol (1979): o modo como observa, p.ex., nos textos cujos títulos os consagram, os sinais de pontuação a partir dos efeitos e expectativas de leitura, ou o pensamento, a partir do paralelismo entre o movimento da célula e o do pensamento.

Em Onésimo, ambas as tradições confluem: os seus textos, de um modo geral, fascinam pela extraordinária capacidade de transmitir o complexo de forma simples. Não se trata de simplificar correndo o risco de o empobrecer: trata-se de fazer o leitor aceder, progressivamente, ao nível da complexidade da questão. E fá-lo ludicamente.

Observemo-lo através do filtro que ele camufla sob a aparente espontaneidade.

Seja onde for e em que circunstâncias (algumas exigindo coragem e domínio da situação!) surpreende-nos com uma anedota inicial. Rimos, ele sorri e observa-nos enquanto faz um compasso de espera para só depois avançar na lição... A suposta anedota é um caso real (ou dele expressivo) que favorece a reflexão ou a especulação, abrindo sendas que vai adequando ao interlocutor até ao nível mais erudito. A cumplicidade conquistada pelo riso (Eça bem declarava, na sequência de Offenbach, que o “riso é uma filosofia!”) torna-se cumplicidade intelectual; a gargalhada vai-se transformando em meditação. O conhecimento é partilhado com bonomia receptiva à divergência que lhe merece séria atenção e debate. Se esta sua estratégia for mal-interpretada como fuga à dificuldade e flânerie cultural, a sua reacção demonstrará inequivocamente a solidez científica, oferecendo pronta lição e desafio ao debate. Em qualquer lugar e momento, em mangas de camisa ou com gravata...

ONÉSIMO, Português sem Filtro salva, do olvido dos "esgotados", textos seleccionados por três leitores que tomaram a iniciativa de os juntar ensaiando a cartografia da sua reflexão sobre um tema que lhe é caro: a(s) identidade(s) cultural(ais). Por se sentir “açoriano em Portugal, português na América, americano nos Açores”,[7] unido e separado por um rio-oceano Atlântico, hífen oferecido pela natureza. Por gostar de observar as gentes e a vida, além da literatura. Na badana da obra, anuncia-se o que une o diverso (sempre a atracção por fazer pontes, hifenizar a realidade):

"Portugal, os portugueses, a América, os americanos, os luso-americanos e os Açores acabam fundindo-se osmoticamente nestas páginas, porque nelas inscrevi o quotidiano dos mundos que habito, as personagens que encontrei, as minhas ou as nossas dúvidas e interrogações, as agruras e os prazeres da vida, mais a graça e as ironias com que ela gosta de nos brindar se estamos atentos. A unidade delas está na diversidade que afinal –vou reparando –todos vestimos, na procura do sentido da vida e das coisas.

As estórias aqui cerzidas em cadeia poderão parecer demasiado sorridentes para os profissionais do cinzento e do pessimismo nacional (não haverá aí um espírito empreendedor que monte uma empresa de exportação desse produto lusitano?), sobretudo agora que o fado e os fados da nossa história parecem querer tratar-nos do funeral. Elas aspiram a animar os ainda com fôlego e capacidade de resistência."

Animar... sim. Porque o conhecimento é encarado como fonte de prazer: favorece a compreensão, promove a complacência, informa a bonomia, sempre na convicção de que ele familiariza em registo bem humorado e facilita a correcção do necessário sem crispação.

No entanto, essas histórias têm uma função exemplar e simbólica evidenciada pelo enquadramento ou pela sua ausência, pelo explicitado ou pelo não dito...

No discurso entimemático, de estratégia eminentemente evidenciadora, o caso cristaliza uma lição, um saber: concretiza-a. A codificação torna acessível e potencia a aceitação da generalização. Cifra generosa, bem diversa da que visa o segredo. A pedagogia e a parenética usam-na com inexcedível critério: a imagem converte para manipular e aproximar, hermeneuticamente, diferentes campos de saber, para os conjugar. A fábula, a parábola, etc. no centro da persuasão e da formação de um modo de pensar e de inteligir... dos 9 aos 99 anos, como Astérix, Tintin ou Gulliver, toda a linhagem do fabulário que vai da análise da natureza humana até à crítica política, do púlpito à pena, da barra de tribunal ao parlamento, da filosofia ao ensino e à conversa...

Há, além disso, um outro aspecto da estratégia expositiva de Onésimo (nome próprio com direito a vénia) que o distingue e valoriza: a humanização da informação e do conhecimento. A que não falta esse factor antropomórfico que é o (bom) humor (Morin, Lorenz, etc.)…

Que todo o conhecimento e toda a informação derivam do lugar do sujeito (ideológico, cultural, científico, etc.) é reconhecido. Mas também se deve reconhecer que, sendo esta subjectividade factor de incomodidade para o discurso que aspira a convencer e a insinuar-se como detentor da verdade, tende a ser dissimulada: o efeito de verdade parece ser directamente proporcional a esse escamoteamento, à rasura de uma razão emergindo da lógica de articulação de dados.

Ora, também aqui Onésimo tem a coragem de assumir o seu lugar até à esfera dos afectos.

Por um lado, todas as histórias que conta o incluem como personagem: passaram-se com ele, foram-lhe contadas, leu-as, foi delas protagonista. Inscrito numa efabulação indecisa entre verdade e ficcionalidade, contribui para a permanente duplicidade funcional e sedutora do seu discurso: de ciência e de conversa, de verdade e de hipótese, de distracção e de reflexão, de memória pessoal e de exemplo construído....

Por outro lado, há a história do seu percurso intelectivo, mostrando-o a reflectir sobre o assunto até ao momento em que assume a palavra, expondo a aventura de conhecimento, com o efeito de partilha da viagem do pensamento. Na literatura, a narrativa de viagens ilustra-o bem e informa textos em que esta é tema estruturante, como Garrett bem demonstrou. A apresentação que Onésimo fez, recentemente, de Da Filosofia Inútil (2011), de João Maurício Brás, é um exemplo excelente deste procedimento: contou a história do seu relacionamento com o autor e com o livro, esclarecendo o modo e as razões do crescimento de João Maurício Brás para si à medida que o foi conhecendo, moldura em que inscreveu a história da sua leitura da obra até ao acto de apresentação. Obra, autor, apresentador e apresentação resultaram familiares e eminentemente esclarecidos até à intimidade: a leitura de e-mails escritos a João Maurício Brás sobre o original da obra com impressões, comentários, reflexões e evocações, evitando a exibição de erudição e a dispositio tendente a impor uma leitura unificadora (sempre redutora da potencialidade interpretativa), torna claro, partilha impressões, levanta hipóteses e temas de reflexão estimulantes, resolve alguns e deixa equações para o leitor que deseje resolvê-las...

E há o texto de depoimento pessoal em circunstância. O melhor exemplo será o do seu "Tributo" à mãe[8], absolutamente notável pelo modo como funde o retrato íntimo e familiar, o retrato sociológico e o depoimento afectivo. Emoldura-o aquilo onde mais pulsa o afecto e o registo do relacionamento: a forma de tratamento. Da distância necessária à verbalização até à proximidade silenciadora: a mãe é evocada num texto que recorre consciente e deliberadamente ao inglês para (conseguir) nomeá-la como nunca a tratou e, na progressão emocionada da evocação, cede ao português infantil e ao silêncio da revivência afectiva que "mamã" arrasta consigo. Emocional e emocionada memória, in memoriam.

Combine-se tudo isto com uma estratégia de manipulação intelectual do objecto de reflexão (no conhecimento, como na sua partilha) que caracteriza Onésimo… e temos o nosso Português sem Filtro, homem que se deixa ver de corpo quase inteiro emoldurado pela porta fechada pela obra (contracapa) em foto a preto e branco enfrentando o sol e hertzianamente atravessado pela memória e pela realidade!

Na senda da modernidade que a Arte explora, o seccionamento do todo e a manipulação das partes, o processo de contornar o objecto para o observar de diversos ângulos, comparando as percepções e tirando ilações, Onésimo trabalha os conceitos no discurso e vice-versa. E começa por fazer isso com o seu próprio nome, questionando-se no signo-sinal mais íntima e simbolicamente identitário: Que Nome é Esse, ó… Nézimo? exemplifica bem o trabalho de estranhamento do familiar para o colocar em perspectiva, constituindo-o como objecto de conhecimento, convidando à sua intelecção. A sequência do título em referência reforça e multiplica o efeito de estranheza da primeira parte: - e outros advérbios de dúvida faz procurar esses outros advérbios na primeira parte e deixam-nos com a dúvida, catalisador do processo de conhecimento. Questões imediatas como “Será que li bem?” ou “A que se refere ele?” e a curiosidade de verificar a matéria em causa sob tal e tão insólito título mobilizam-nos para a leitura do livro, onde as observações e reflexões fazer rapidamente esquecer o móbil desse acto para nos concentrar no momento a momento…

No nome e no modo como joga Lego com ele, Onésimo exemplifica a metamorfose cultural e linguística que marca as colectividades e o indivíduo: os encontros e desencontros entre as camadas semânticas, as sugestões, as possibilidades de declinação em registos de tratamento (diminutivo, aumentativo, etc.), as variantes (possíveis, usadas por outros, pelo próprio, deliberadamente ou por equívoco, etc.), as associações por indivíduo, região, língua, etc., enfim, demonstra a complexidade da existência e da cultura. O nome potencia a sua fragmentação e a exploração dele e das suas partes na reflexão e na recombinação promotoras da alteridade toponímica. Vale a pena ler a crónica com o mesmo título desse volume e de encerramento do agora editado que folheio!

Os títulos de Onésimo, das obras e dos textos nelas coligidos, tornam óbvio tudo o que tenho vindo a dizer. Do ensaio ao conto, à crónica ou ao teatro. Abstendo-me de referir os da obra agora publicada a várias mãos, evoco alguns outros mais expressivos ao acaso e por ordem meramente cronológica: Cérebros do Grande Público (1970), Da Vida Quotidiana na Lusalândia (1975), José Rodrigues Miguéis/Portugal in Manhattan (1983), L(USA)lândia – A Décima Ilha (1988), Aventuras de um Nabogador & outras estórias-em-sanduíche (2007), etc.. Paralelamente, no entanto, há um caudaloso rio de ensaística com títulos mais em sintonia com a ortodoxia científica a que não falta a prudência e o respeito pelo estado da arte (e pela leitura alheia), inequivocamente dominado: A Questão da Literatura Açoriana (1983) ou Mensagem - Uma Tentativa de Reinterpretação (1987) são disso exemplo, sinalizando a controvérsia (o primeiro) e a contribuição não definitiva na inovação (o segundo). Mas só lendo os seus textos se poderá avaliar bem a diversidade de registos e de modalidades de concretização da estratégia de pensamento e de comunicação de Onésimo Teotónio de Almeida, sedutor, estimulante, erudito e convivial. Sem isso, seria permanecer como reflexo negativo daquela típica imagem que alguns reivindicam como sua relativamente aos outros sem consciência do quanto se desacreditam: “Não li e (não) gostei!”…

Assim, memorialisticamente falando, Onésimo tira a gravata e o casaco para, "em mangas de camisa", humanizar o discurso ensaístico, abreviando a lição na crónica, concretizando a abstracção no exemplo, demonstrando ou testando a teoria com o caso, ilustrando teses ou a sua contestação, questionando iluminadamente o consensual ou ce qui va de soi, conjugando especulação e observação, insinuando a ficcionalidade e a emocionalidade no signo científico, vertendo a antiga aspiração à neutralidade do conhecimento em assumida afectividade deste (que lhe ductiliza e fantasmiza os contornos rigorosos), sempre, com a singularidade sedutora das personalidades que conquistaram o reconhecimento do nome próprio, humanizando o conhecimento e expondo-se no centro dele… sem filtro!

 

 

[2]  Professor Catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University, Providence, Rhode Island, EUA, que dirigiu (1991-2003), e  Fellow do Wayland Collegium for Liberal Learning da mesma universidade.

[3] Cf., também, a entrevista por Tiago Pereira (publ. em 20/Maio/2011) em que afirma:

“[A crónica] É um ensaio em mangas de camisa. Temos pouco espaço, o leitor não tem paciência para grandes coisas. Mas isso não quer dizer que tenhamos de falar sobre coisas superficiais, podemos é fazê-lo com uma certa graça, leveza. São celebrações do dia-a-dia. "Condensados de vida" está bem.” (http://www.ionline.pt/conteudo/124428-onesimo-teotonio-almeida-os-americanos-dizem-o-meu-nome-sem-pronuncia).

[4]  Sobre esta matéria, reflecti já no meu estudo Eça de Queirós Cronista - do Distrito de Évora (1867) às Farpas (1871-72) (ensaio), Lisboa, Edições Cosmos, 1998.

[5]  Demonstrei  esta dimensão formativa da crónica queirosiana no mesmo estudo.

[6]   Cf. Calendário dos principais trabalhos escritos pelos membros da instituição: http://trailblazing.royalsociety.org/. 

[7] Ouçamo-lo no vídeo Ler Mais ler Melhor Onésimo Português sem Filtro: http://alma-lusa.blogs.sapo.pt/225825.html

[8] Onésimo Teotónio de Almeida, “Marcolina P. Almeida (1917-2008), a Tribute”, Gávea-Brown, Vol. 30-31, 2009-10, pp. 171-174

 

 

Annabela Rita (Portugal)
Professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é Doutorada em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea pela Universidade de Lisboa e tem a Agregação em Literatura pela Universidade de Aveiro.
Integrou a MRPB - Missão para o Relatório sobre o Processo de Bolonha (2003-04) e, actualmente, é Conselheira para a Igualdade de Oportunidades do MCTES.
Presidente das Direcções do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias), da APT - Associação Portuguesa de Tradutores e do Conselho Consultivo da CompaRes-International Society for Iberian-Slavonic Studies, Administradora do OLP (Observatório da Língua Portuguesa), integra os Conselhos Consultivos da FMP (Fundação Marquês de Pombal), do ICEA (Instituto de Cultura Europeia e Atlântica), a Mesa da Assembleia Geral da APE (Associação Portuguesa de Escritores).
É, ainda, membro dos seguintes centros de investigação: CECLU (Centro de Estudos de Culturas Lusófonas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL), CEHME (Centro de Estudios Históricos de la Masonería Española) da Universidade de Saragoça, o CECULBE-UNIFAI (Centro de Estudos Culturais Brasil-Europa) do Centro Universitário Assunção - UNIFAI, em São Paulo, GIA do IECC-PMA (Instituto Europeu de Ciências da Cultura - “Padre Manuel Antunes”).
Criou e coordena a Tertúlia Letras Com(n)Vida, além de outras iniciativas.
Foi agraciada com o Diploma de Mérito Cultural pela Academia Brasileira de Filologia e pela Faculdade CCAA (Rio de Janeiro, 17 de Setembro de 2007) e com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro pela Câmara Municipal de Oeiras (Junho de 2010).
Além de dezenas de participações em júris de prémios literários nacionais e internacionais (de: PEN Clube Português, APT, APE, IPLB, LER/BCP, Aristeion, etc.), fez a edição prefaciada de autores nacionais consagrados e tem vasta colaboração ensaística dispersa em Portugal e no estrangeiro, destacando-se os seguintes livros:
· Cartografias Literárias, Lisboa, Esfera do Caos, 2010 [pp. 198]; Itinerário, Lisboa, Roma Editora, 2009 [pp. 232]; Rui Nunes. Antologia Crítica e Pessoal [Coordenação e um estudo, com Antologia Pessoal de Rui Nunes], 2009 [151 pp.];De tempos a tempos. Júlio Conrado [Coordenação e um estudo, com Antologia Pessoal de Júlio Conrado], Lisboa, Roma Editora, 2008 [271 pp.];Homem de Palavra. Padre Sena Freitas [Co-coordenação, prefácio e um estudo], Lisboa, Roma Editora, 2008 [846 pp.]; No Fundo dos Espelhos - II. Em visita, Porto, Edições Caixotim, 2007 [310 pp]; Teolinda Gersão: Retratos Provisórios (Co-autoria com Teolinda Gersão e Maria de Fátima Marinho), Lisboa, Roma Editora, 2006 [301 pp.]; Emergências Estéticas, Lisboa, Roma Editora, 2006 [239 pp]; Breves & Longas no País das Maravilhas, Lisboa, Roma Editora, 2004 [237 pp.]; O Mito do Marquês de Pombal (Co-autoria com José Eduardo Franco), Lisboa,Prefácio, 2004 [117 pp.]; No Fundo dos Espelhos - I. Incursões na cena literária, Porto, Edições Caixotim, 2003 [230 pp.]; Labirinto Sensível (com Breve Antologia Pessoal de Casimiro de Brito), Lisboa, Roma Editora, 2003 [244 pp.]. 2ª edição (encadernada), 2004 [244 pp.]; Eça de Queirós Cronista. Do “Distrito de Évora” (1867) às “Farpas” (1871-72), Lisboa, Cosmos, 1998.
Direcção de Colecções Literárias:
· “Obras de Almeida Garrett” (série da colecção “Clássicos da Literatura Portuguesa”), Porto, Edições Caixotim; “Faces de Vénus”, Lisboa, Roma Editora; “Faces de Penélope”, Lisboa, Roma Editora; “Casa de Cultura”, Lisboa, Roma Editora; “Ciências da Cultura”, Braga/Coimbra/Évora/Florianópolis/Lisboa, Esfera do Caos Editores; “Letras Com(n)Vida”, Lisboa, Hespéria Editora.

Centro de Literaturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa [http://www.clepul.eu/]
http://sites.google.com/site/annabelarita1/

 

 

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