MOÇAMBIQUE NA 1ª GUERRA MUNDIAL - DO ROVUMA AO NHAMACURRA (1)
FRANCISCO PROENÇA GARCIA
Professor da Academia Militar
Um possível enquadramento  

O império africano alemão, constituído pela actual Namíbia, Togo, Camarões e Tanganica, teve sempre intenções sobre o território de Moçambique. Os alemães, à semelhança do projecto da Mitteleuropa , sonhavam no final da 1ª Grande Guerra com uma redistribuição das possessões coloniais portuguesas, belgas e francesas bem como com o estabelecimento de uma Mittelafrika alemã. A Inglaterra e a Alemanha, quer em 1898 quer em 1913, chegaram a formalizar convenções secretas onde era definida a partilha das possessões portuguesas (1). Os diferendos para delimitação da fronteira Norte em Moçambique entre Portugal e Alemanha remontam à perda por parte do poder português do "triângulo de Quionga", oficialmente reconhecida a 10 de Setembro de 1894 (2). Apesar do ataque ao posto de Maziúa, em Agosto de 1914 e de o Governo Inglês solicitar, desde 10 de Outubro desse ano, ao Governo Português o abandono da sua atitude de neutralidade e assumir a sua posição activamente ao lado da Inglaterra, Portugal só entra no conflito após a declaração de guerra feita pela Alemanha a 9 de Março de 1916. O período intermédio é de uma longa indefinição diplomática entre a neutralidade e a beligerância (3). Isto na Europa, onde os destinos da guerra eram jogados, pois, mesmo antes da declaração de guerra e da entrada em teatro europeu, as operações militares tinham já sido iniciadas e continuadas em solo africano, onde a estratégia alemã passara da diplomacia tradicional para uma diplomacia coerciva e acabara numa guerra aberta. Em Portugal, a opinião pública estava dividida quanto à intervenção portuguesa na guerra (4), mas havia consenso nacional para a defesa e manutenção da soberania portuguesa no Império Colonial, o que permitiu a entrada na guerra em teatro africano (5), correspondendo esse sentimento ao forte imaginário colonial.

A intervenção em África não era decisiva quer do ponto de vista diplomático quer militar. Aquele era um teatro secundário e periférico, que não obrigava a uma declaração de guerra e nem sequer à beligerância (6). Visavam-se objectivos mais latos, pelo que o fundamental era marcar presença no teatro europeu; este sim, poderia trazer frutos ao nível internacional e interno. Apesar de tudo, não era despropositado que em Lisboa se encarasse a possibilidade de, no rescaldo da guerra, Ingleses e Alemães voltarem a negociar a partilha das colónias portuguesas. Em Moçambique, o objectivo era duplo: recuperar Quionga e conseguir a passagem para a margem Norte do Rovuma.

Com a intervenção europeia, Portugal, além de cumprir os seus deveres de aliado da Inglaterra, libertava-se dos propósitos tutelares daquela por meio de uma decisão que o creditaria perante todo o mundo e assegurava ainda a presença na conferência de paz, onde poderia fazer-se ouvir em defesa da inviolabilidade dos seus domínios ultramarinos.

A situação política interna era instável: transitava-se de Regime e a luta pelo Poder entre os diversos partidos era uma constante, os governos sucediam-se, formando-se e caindo a um ritmo vertiginoso.

Ao nível internacional, Portugal sofria ainda do constrangimento do reconhecimento oficial da nova República, um processo moroso e complexo que decorreu ao longo de onze meses, em três fases distintas (7). Assim, foi também a necessidade de legitimidade e de consolidar politicamente o Regime que acabaram por levar a República para a guerra na frente ocidental europeia, na Flandres.

 

As forças em confronto

As campanhas de 1914-1918 travadas em África diferem em muito da campanha que se desenrolava ao mesmo tempo na Europa. A guerra em solo africano era de movimento, pertencendo a vantagem a quem tomasse a iniciativa.

As forças em confronto eram substancialmente diferentes quer quantitativa quer qualitativamente. As tropas da Schutztruppe eram comandadas por Paul Emil Von Lettow Worbeck, estavam organizadas em companhias e contavam com cerca d 12000 Askaris e 3000 europeus.

Apesar de serem numericamente inferiores às forças aliadas, os alemães partiam em vantagem pois conheciam o terreno e tinham efectuado os seus treinos em ambiente africano (8). A sua actuação para atacar as forças aliadas exaustas e mal treinadas assentava numa superior mobilidade e independência. Utilizavam uma táctica de guerrilha, um emprego massivo das metralhadoras e de acções de reconhecimento, aliada a uma estratégia desprendida da posse do terreno, visando, numa manobra de acção indirecta, atrair o Inimigo, desgastá-lo e ocupar ao máximo o seu tempo. Procuravam sempre obter a superioridade local nos pontos que lhe eram mais favoráveis, evitavam o combate decisivo, retiravam sempre que em desvantagem, concentrando para combater de forma implacável.

Com esta forma de actuação, os alemães, além de forçarem os aliados a um "(...) esforço relativamente grande para alcançarem objectivos limitados (...)" (9), contribuíam para fixar e mesmo mobilizar recursos que já não seriam empregues em teatro europeu onde a luta se decidia.

Lettow Worbeck, desde o bloqueio de 1915, não conseguia comunicar com a metrópole, não recebendo nem abastecimentos nem reforços, pelo que passou a viver e a combater à custa do Inimigo. Tecnologicamente, os alemães estavam em desvantagem pois a sua arma individual era a Mauser de 1877 de pólvora de fumo.

Os aliados estavam tecnologicamente mais avançados, possuindo, por exemplo, a arma Mauser de 1904 (10), a primeira esquadrilha expedicionária portuguesa e camiões FIAT.

As forças aliadas que conseguiram sempre manter a ligação com as respectivas metrópoles, acumularam no período do confronto um efectivo entre os 210000 e os 250000 (11). Os ingleses e sul-africanos constituíam o grosso da força aliada, bem comandados por oficiais experientes no teatro de operações, principalmente os Boers, sendo o Comandante Supremo Aliado, o General Smuts, também ele um Boer.

O contingente português atingiu números próximos dos 20000 homens, entre as forças desembarcadas e o recrutamento local, com um efectivo, grosso modo , de 12000 africanos (12) sem contabilizar os aproximadamente 90000 carregadores (13).

Porém, em todas as fases em que o conflito se desenvolveu, Portugal apresentou as suas forças com falta de preparação, muito desorganizadas e desmoralizadas (14), com um comando incompetente, dividido e que foi substituído inúmeras vezes.

O General Gomes da Costa sintetiza a falta de preparação e de organização ao referir: "(...) Preparação é coisa que não existe em Portugal: tudo se faz por impulsos, bruscamente, segundo as necessidades do momento, e por isso tudo nos sai torto e desafinado; será o que Deus quiser! O fatalismo muçulmano! A experiência, o saber, a inteligência para nada servem. Resultado: Desastre (...)" (15).

As companhias indígenas tinham pouca instrução e o seu armamento era constituído pelas velhas Snider de cartuchame com invólucros de cartão o papel e o equipamento desconjuntava-se (16).

Nestas campanhas Portugal iria enfrentar outros três inimigos de peso além das forças alemãs comandadas por Lettow Worbeck (17):

•  o clima e as condições sanitárias inacreditáveis causadores de mais baixas do que o combate com os alemães (18);

•  e a desorganização e ineficácia do Estado que se reflectiriam na preparação dos contingentes;

•  Os King´s African Rifles Britânicos que se comportavam como um verdadeiro exército de ocupação e inclusivamente sublevavam as populações contra os portugueses.

 

1º Expedição

Seguindo um rumo diferente dos seus aliados europeus, Portugal envia forças expedicionárias para o território. O decreto que mandou organizar as primeiras expedições militares para Moçambique e Angola data de 18 de Agosto de 1914. A primeira expedição para Moçambique, constituída com base no Batalhão de Infantaria 15 num total de 1527 homens sob o comando do Tenente-Coronel Pedro Massano de Amorim, desembarcou em Porto Amélia a 1 de Novembro de 1914 e guarneceu a linha de fronteira com postos militares ao longo do Rovuma. Contudo o ataque ao posto de Maziúa, na fronteira daquele rio, verificara-se já na noite de 24 para 25 de Agosto. Este incidente de fronteira provocou a morte dos soldados da guarnição da Companhia do Niassa, tendo as autoridades diplomáticas alemãs apresentado desculpas ao Governo Português pelo ataque a um posto de fronteira de um país neutral. Em Outubro do mesmo ano, surgem os primeiros confrontos no Sul de Angola. Abriam-se assim duas frentes de guerra em território africano.

Esta primeira expedição chegou a Porto Amélia a 1 de Novembro. Parecia não ser esperada. Numa altura em que se iniciava a estação das chuvas, as tropas ficaram em palhotas sem sequer terem cobertura em zinco. Na Baia de Pemba os navios não podiam atracar, pois o cais só permitia a atracagem de lanchas e botes, e mesmo assim só com a maré cheia. O serviço de saúde era muito deficiente, a alimentação, constituída por enlatados de sardinha, bacalhau e de "rancho confeccionado", não era adequada. Os soldados dormiam em quinandas. Porém, a protecção de mosquiteiros era descurada pelos próprios, denotando a falta de preparação para actuar em África (19).

Com a época das chuvas o estado sanitário era mau, pois todos os dias baixavam um grande número de homens (20). Ao fim de meio ano de expedição o resultado deste acumular de erros foi de 21% de baixas por doença, e isto sem combaterem ou mesmo saírem de Porto Amélia.

Numa altura em que Portugal ainda permanecia neutral, a expedição recebe ordens para ocupar Quionga. Devido ao desgaste provocado pelas precárias condições sanitárias, uma acção ofensiva seria inviável, além do mais a missão inicial era de defesa do Rovuma, sendo necessário preparar o ataque. O saldo da actividade deste primeiro contingente, a nível operacional, traduz-se praticamente na abertura de algumas estradas (21), que viriam a ser muito úteis para as operações posteriores.

Pedro Massano de Amorim devia, entre outras missões, conter os africanos com comportamentos de sublevados "por sua própria iniciativa ou por instigação do estrangeiro" (22).

A intromissão política nos assuntos militares é já notória nesta altura. Pimenta de Castro chegou a dar ordens para o regresso do 1º contingente, pelo que com a sua demissão veio a contra-ordem (23).  

2ª Expedição

Em Outubro de 1915, parte para Moçambique uma 2ª expedição, organizada à volta do Batalhão de Infantaria 21, com um total de 1543 homens. No desembarque em Porto Amélia a 7 de Novembro, esta expedição encontra as mesmas condições precárias da 1ª. De acordo com o relatado da Monografia do 3º Batalhão expedicionário do RI n.º 21 à Província de Moçambique em 1915, nada estava preparado para a receber. As tropas continuavam em palhotas sem cobertura de zinco. O cais continuava a não permitir a atracagem de navios, e com a maré vazia "(...) passava-se das pequenas embarcações para os ombros de um pretalhão, e «à cochita», como as crianças, agarrado à sua cabeça rapada e luzidia (...)" (24). O serviço de saúde e a alimentação permaneciam deficientes.

O resultado foi ainda mais desastroso, cerca de 75% de baixas, principalmente pelo efeito desgastante do clima (25). O descontrolo e a falta de acção de comando eram evidentes, desconhecendo o próprio comandante da expedição, Major de Artilharia Moura Mendes, ao fim de 5 meses de missão, a real situação militar na fronteira (26).

Com esta nova expedição seguiu também o novo Governador-Geral, Álvaro de Castro, capitão na situação de licença ilimitada e licenciado em Direito. Apesar de desconhecerem a real situação militar na fronteira Norte de Moçambique, Álvaro de Castro e o Governo de Lisboa, procurando obter dividendo políticos, cedem às pressões do Poder de Londres, e por sua vez pressionavam o comando militar da expedição para ocupar Quionga. A expedição estava quase em ruptura e solicitava reforços. E a 30 de Março o governo acaba por decidir enviar nova expedição, sob o comando do coronel Ferreira Gil, mas é ainda Moura Mendes que a 10 de Abril de 1916, sem encontrar resistência, irá ocupar Quionga.

Por norma, a historiografia actual refere o desconhecimento português sobre a ocupação ou não de Quionga por forças alemãs. Porém, na Monografia do 3º Batalhão expedicionário do RI n.º 21 é referido que o Major Portugal da Silveira recebera instruções para ocupar Quionga, efectuando reconhecimentos preparatórios para poder determinar a linha de infiltração; além do mais, pela espionagem, cujo chefe era um monhé de nome Simba Ibraímo que tinha um soldo de 60$00, sabia-se que Quionga estava desguarnecida e que o residente alemão andava a Norte do Rovuma a tentar arranjar forças para a defender, sugerindo ainda uma actuação rápida e de surpresa para evitar reforços (27).

O plano do Poder português visava ainda transpor o Rovuma e atacar o núcleo principal dos alemães em Tábora (28), pelo que em Maio, o Governador-Geral, com reforços trazidos do Sul, tenta atravessar o Rovuma, recebendo para tal o apoio naval sobretudo do cruzador Adamastor e da canhoneira Chaimite .

Esta operação, que foi forçada pelo poder político (o Governador não prescindia de dirigir a guerra a partir de Lourenço Marques), realizou-se com inúmeros erros, destacando-se a falta de meios militares e a sua coordenação, pautando-se toda a operação por uma desorganização geral.

Do cruzador esperava-se capacidade de fogo para apoiar a travessia do Rio, porém não tinha munições convenientes para bater posições terrestres, e quando foi necessário abrir fogo, os observadores avançados não tinham forma de comunicar, não sendo assim o tiro regulado, com as consequências daí advindas. Assim, a tentativa efectuada para atravessar aquele rio fronteira a 26 e 27 de Maio de 1916, falhou.

Após a ocupação de Quionga e até à travessia do Rovuma, os ataques alemães aos postos fronteiriços foram uma constante, mantendo os portugueses numa contínua instabilidade.  

(1) ALMADA, José de, Convenções Anglo-Alemãs relativas às colónias portuguesas . Lisboa: Estado Maior do Exército, 1936.

(2) Ficando a fronteira demarcada pelo paralelo de Cabo Delgado, 10º 40´ Sul, formando pelo seu traçado geográfico a figura geométrica triangular com 450 Km2.

(3) TEIXEIRA, Nuno Severiano, Colónias e colonização portuguesa na cena internacional (1885-1930) . In Bethencourt, Francisco, e Chaudhuri, Kirti, "História da expansão portuguesa". Navarra: Círculo de Leitores, 1998. Vol. IV, p. 514.

(4) BESSA, Gomes, O Combate de Muíte: aspectos relacionados com a participação portuguesa na guerra de 1914-18 em Moçambique, Lisboa , in Separata doa " «Anais» da Academia Portuguesa de História", 1986, p. 145.

(5) TEIXEIRA, Nuno Severiano, O Poder e a Guerra 1914-1918. Objectivos nacionais e estratégias políticas na entrada de Portugal na Grande Guerra . Lisboa: Ed. Estampa, 1992, p. 112.

(6) Idem, Colónias e colonização portuguesa na cena internacional (1885-1930) . In Bethencourt, Francisco, e Chaudhuri, Kirti, "História da expansão portuguesa". Navarra: Círculo de Leitores, 1998. Vol. IV, p. 515.

(7) Numa primeira fase, as Repúblicas sul-americanas, numa segunda fase, os EUA e a França e por último, a 11 de Setembro de 1911, o reconhecimento oficial e conjunto das monarquias europeias. Estas fases encontram-se detalhadamente descritas in TEIXEIRA, Nuno Severiano, O Poder e a Guerra 1914-1918. Objectivos Nacionais e Estratégias Políticas na Entrada de Portugal na Grande Guerra , p. 88-99.

(8) CANN, John, Moçambique, África Oriental Alemã e a Grande Guerra, in, "Revista Militar" n.º 5, Maio de 2002. p. 372.

(9) Idem, p. 367

(10) Espingarda de repetição e que utilizava pólvora sem fumo, com as vantagens daí advindas.

(11) Lettow Worbeck diz 300000.

(12) OLIVEIRA, General Ramires de, História do Exército Português (1910-1945) . Lisboa: Estado-Maior do Exército, 1993. Vol. II, p. 171.

(13) Portugal mobilizou para aquele território, ao longo dos vários anos 19.438 militares da metrópole, 985 portugueses recrutados localmente e 10.278 africanos, e recrutou 90000 carregadores, 60000 fornecidos ao Exército português e 30000 às forças britânicas. MARTINS, Azambuja, A campanha de Moçambique, in MARTINS, Ferreira, "Portugal na Grande Guerra" , Vol. II, Lisboa, 1938, p. 186.

(14) O tenente Mário Costa no seu livro É o inimigo quem fala, descreve as condições caracterizadoras desta falta de preparação, do treino, ao fardamento e equipamento, passando pela alimentação, pela baixa moral e pela assistência sanitária, In COSTA, Mário, É o inimigo que fala - subsídios inéditos para o estudo da Campanha da África Oriental 1914 - 1918, Lourenço Marques, Imprensa Nacional, 1932, p. 33. Para Gomes da Costa, as expedições marchavam para os TO com uma organização atabalhoada, "(...) sem ciência nem consciência, à pressa sem cuidado algum como quem embarca rezes para o matadouro (...)", in Portugal na Guerra: A Guerra nas Colónias , Lisboa, 1925, p. 253-254.

(15) COSTA, Gomes da, ob. cit., p. 68.

(16) SILVA, Capitão Rodrigues da, Monografia do 3º Batalhão expedicionário do RI n.º 21 à Província de Moçambique em 1915, Lisboa, Imprensa Beleza, s.d., p. 47.

(17) BESSA, Gomes, ob. cit., p. 181.

(18) Sobre as condições sanitárias podemos complementar no livro do médico LIMA, Américo Pires de, Na Costa d´África - memórias de um médico expedicionário a Moçambique, Gaia 1933.

(19) "(...) mosquiteiros não lhes foram dados, e como eles, na sua triste ignorância não acreditavam na transmissão das febres pela picada do mosquito e sorriam estupidamente incrédulos quando lho diziam, em geral não os adquiriam (...)", in, SILVA, Capitão Rodrigues da, ob. cit. p. 31.

(20) Idem, p. 36.

(21) BESSA; Gomes, ob. cit., p. 148.

(22) AHU, Ano de 1914 a 1916. Pasta ª Moçambique. N.º 1593, n.º 1 ª 1914. Expedição de Moçambique e instruções dadas ao seu comandante, Sr. Amorim.

(23) BESSA; Gomes, ob. cit., p. 148.

(24) SILVA, Capitão Rodrigues da, ob. cit. , p. 29.

(25) MARTINS, Azambuja, Nevala, Expedição a Moçambique, Famalicão, 1935. p. 75.

(26) TELO, António, Campanha de Moçambique 1916-1918 , in AAVV, "Portugal na Grande Guerra 1914-1918", Diário de Notícias, Lisboa, 2003, p. 157.

(27) SILVA, Capitão Rodrigues da, p. 48.

(28) OLIVEIRA, General Ramires de , ob. cit., p. 205.