O Sonho Alquímico de Enodato
e o Perfil do Filósofo Natural
A.M.AMORIM DA COSTA

1. Introdução

2. No deserto, mergulhado num mundo de miragens

3. A Imperatriz da quinta-essência de todas as quintas

4. Na Ilha dos sonhos

5. Notas

Jardins de Enodato (Imagens)

3. A Imperatriz
da quinta-essência de todas as quintas

Iniciada a caminhada, rapidamente começa a fazer-se luz, com o sol a raiar à sua frente. Da miragem rapidamente se passa para um mundo onde as coisas são reais, palpáveis e sedutoras; às trevas segue-se o belo do colorido, onde se realça o verde da esperança que dá alento ao caminhar do viandante.

Rapidamente Enodato se encontra num vale que ficava entre dois montes muito altos, cheio de plantas pequenas de muito diversas cores e figuras, porque não só eram verdes, mas brancas, amarelas, azuis, pardas e negras. Todas elas muito viçosas, embora ali não houvesse água, nem ninguém que as regasse ou cultivasse. No termo do vale, umas serras muito altas, cobertas com um admirável e delicioso bosque em que as árvores tinham troncos, ramos e folhas cobertos de cinzas e frutos que pareciam beringelas e semelhantes a pedaços de requeijão. De um lado do caminho, as plantas em que os frutos eram da cor de vermelho escuro; do outro, as plantas em que os frutos estavam muito verdes. E no fim das serras, num outeiro mais baixo, uma árvore singular, uma árvore cujo tronco, ramos e folhas eram formados de gotas de Água, com frutos que pareciam jasmins, e duas outras ainda mais singulares, pois uma delas tinha tronco, ramos e folhas formados de Prata, com frutos que pareciam açucenas, e a outra tinha tronco, ramos e folhas formadas de Ouro, com frutos de púrpura. Esta era a Árvore da Vida, a árvore do conhecimento que os textos sagrados colocam no centro do Paraíso, essa àrvore de cujo fruto Adão comeu infringindo a ordem do seu criador. Junto dela, um venerável Ancião que lhe iria servir de guia no resto da caminhada [15]. É aqui, em pleno bosque, que começa a iniciação do Adepto no seu encontro com o Ancião, em estrita consonância com aquilo que Enodato já antes afirmara a Enódio, repetindo o que S. Bernardo escrevera a um amigo: mais se aprende nos bosques do que nos livros, porque nos bosques acha-se Deus que é a verdaeira fonte da sabedoria, e nos livros acha-se muita ignorância dos homens [16]. A exemplo da prática de Panoramix, o druida do Astérix, é nos bosques que se encontram e podem colher as folhas que servem para preparar essa infusão que bebida numa simples e pequena porção dá a quem a toma a força dum vencedor imbatível.

O venerável Ancião era um velho na idade, mas um renovado Mancebo na plenitude das suas faculdades físicas, cheio de força e saúde e com as mais perfeitas cores, e, sobretudo, na plenitude das suas faculdades mentais. Era um Filósofo e como tal passa a ser designado por Enodato no resto da narração do seu sonho. Um Filósofo que servia como primeiro-Ministro da poderosíssima Imperatriz que reinava naquela terra em que se encontrava e servia de guia a todos os peregrinos que a essa terra chegassem.

Sabendo que os Monarcas do mundo inteiro são vassalos e feudatários dessa toda poderosa Imperatriz a quem o Ancião servia como primeiro-ministro, logo Enodato pensou tratar-se da Santíssima Trindade porque só “Deus Trino e Uno he verdadeiro Rey dos Reys e Senhor dos que dominam o Mundo”. Mas estava enganado no seu pensamento. Embora Soberana Senhora, a Imperatriz não é Deus, mas criatura sua, com mais de natural que de divina [17]. O Ancião logo ali lhe atalhou esse seu engano: a Imperatriz a quem servia como primeiro-Ministro era a Natureza. Ele era seu guia no caminho que o conduziria a seu trono porque é a Filosofia que leva ao verdadeiro conhecimento da Natureza e permite explicar os mistérios da prodigiosa quinta que é seu reino.

Este encontro onírico com o Ancião e nesta primeira revelação que ele lhe fez sobre quem era e sobre quem era a Imperatriz a quem servia como primeiro-ministro, Enodato via consagradas aquelas qualidades do verdadeiro Adepto que referira a seu discípulo Enódio quando lhe dissera: “há-de ser homem de claro entendimento, profundo juízo, subtil discurso, grande compreensão e bom engenho”; e, sobretudo, “consumado na Filosofia”, tendo concretizado que como “consumado na Filosofia”, o verdadeiro Adepto deveria ser também “perito na língua latina, inteligente da Mathematica, versado na lição dos livros Chymicos, paraque o estudo aperfeiçoe o entendimento, e o entendimento illustrado alcance grandes segredos com a subtileza do juízo, e os reduza a pratica com o bom engenho”. Para tanto, “a´lém de todas estas qualidades há de ter industria, constância, riqueza, prudência, socego, paciência e segredo” [18].

É um retrato quase perfeito do verdadeiro estudioso da Natureza, o filósofo natural, na certeza de que a Filosofia é a alma de todos os conhecimentos humanos; sem ela não será possível conhecer-se devidamente a Natureza. E sem a conhecer não é possível fazer como ela faz. Ela é a ciência da Razão e a contemplação da Natureza. Não se pode pois ter acesso à soberana Imperatriz que domina sobre todas as coisas se não se for verdadeiro filósofo. Um iniciado na Filosofia Racional que dirige as operações do entendimento e prepara os primeiros princípios de todas as ciências; e um iniciado na filosofia natural que transpondo as duas grandes portas do conhecimento da Natureza, a observação e a experiência, leve ao conhecimento dos Princípios que a regem e das Leis em que é possível traduzi-los.

Para bem operar, o Adepto tem de se mover continuamente nos meandros da Nova Ciência, essa Ciência que N. Tartaglia, em 1537, na sua figuração do encontro das disciplinas matemáticas com a Filosofia apresenta a ocupar a parte mais interior e altaneira duma fortaleza, onde, na entrada imediata, a entrada interior, Aristóteles e Platão recebem o estudante que a ela se dirige; e no exterior, dirigindo-se ao seu encontro, o estudante se encontra com Euclides que o entrega às disciplinas matemáticas (a Aritmética, a Geometria, a Astronomia, a Astrologia), na presença do próprio Tartaglia, dirigindo-se, então, todos juntos para o local da Filosofia [19]. Ela é a Razão que uns anos antes, em 1532, o nosso João de Barros, na sua Ropicapneuma, a Mercadoria Espiritual do Tempo, do Entendimento e da Vontade [20] localizava na “melhor e mais forte torre do castelo em que habita”, re-afirmando a doutrina de Platão, reforçada, nesses anos por Erasmo no seu Enchiridion: a Razão tem sede e assento na parte mais alta de todo o corpo, o cérebro,a mais próxima do céu, a torre mais alta da cidade humana, onde lhe é devida homenagem como a rei que a tudo preside e medeia; a sua excelência advém-lhe duma lei eterna que Deus nela imprimiu, mercê da qual sempre se inclina para o bem, resistindo tenazmente a todas as seduções [21].

Consumado na Filosofia, o Adepto não pode ser nunca um divorciado da ciência natural por mais convicto que esteja que a verdadeira Pedra Filosofal por mais que venha a concluir, num discurso de verdadeiro misticismo, que a “verdadeira Pedra Filosofal he a graça de Deos que communica à alma a virtude de purificar os Metaes dos cinco sentidos, e converter em Prata e Ouro para a coroa da gloria as nossas obras” onde “o húmido supérfluo que os Chymicos devem tirar he o luxo; o sulphureo ardor heo o fogo da luxúria; a negridão corrompente he a mácula do pecado; as fezes terrestres que estorvão os progressos da obra, são o amor aos bens da terra que contamina a pureza do espírito”. É que de facto, “nesta obra concorrem também as operações Chymicas, a saber, Sublimação, quando se levanta a alma ao conhecimento do Altíssimo; Precipitação, quando conhece a sua baixeza; Calcinação, com o pensamento nas cinzas da morte; Solução, liquação e distilação, nas lágrimas da penitência; Coagulação e Fixação, na constância da Fé e firmeza no amor de Deos” [22]. Só o bom cientista conhece bem todas estas operações e está preparado para as realizar com a perfeição desejada.

A verdadeira Pedra Filosofal está escondida no seio da Natureza. É lá que o Adepto a pode encontrar; e só o conseguirá conhecendo profundamente essa mesma Natureza, nos seus mais recônditos meandros, e sabendo manipular todas as artes e técnicas que o possam levar até ao seu âmago. Ser um bom cientista é pois, requisito necessário para vir a ser um bom Adepto. Aquele que não for um verdadeiro sábio, não espere encontrar-se nunca com a Pedra Filosofal porque não é possível explicar os segredos da Natureza a quem não tiver percebido os mistérios da Filosofia.

No pressuposto de que para se ser um verdadeiro Adepto é necessário ser um “consumado Filósofo”, Enodato, nas suas conversas com Enódio, salientou, em particular a necessidade de ser “perito na língua latina, inteligente da Mathematica, e versado na lição dos livros Chymicos”. O latim era ao tempo de Anselmo Caetano de Munho´s, a matriz linguística da cultura científica. O verdadeiro filósofo, no seu estudo da Natureza não pode deixar de estar em diálogo contínuo com todos aqueles que por esse mundo fora, estão empenhados na mesma tarefa; com eles deve trocar os seus conhecimentos e deles deve saber receber os conhecimentos de que eles são senhores. Esse diálogo torna-se difícil e pouco eficaz fora da necessária matriz linguística. Hoje, Anselmo Caetano diria, possivelmente, aos seus discípulos que para se ser um bom cientista é preciso ser perito na língua inglesa! O inglês ou uma outra qualquer língua que sirva adequadamente de matriz à fácil comunicação científica é cada vez mais um imperativo para se ser um bom cultor de qualquer ciência.

E não surpreende a referência específica à necessidade que o Filósofo da Natureza tem de ser “inteligente da Mathemática e versado na lição dos livros Chymicos”. Focando a necessidade da matemática, ele poder-se-ia ter reportado a Galileu que na questão 6 do seu tratado O Ensaiador, escrito em 1623, afirmara com toda a convicção: “a filosofia do Universo esse grandíssimo livro que continuamente está aberto em frente de nossos olhos, não se pode entender sem primeiro se conhecer a linguagem e os caracteres em que está escrita. A sua linguagem é uma linguagem matemática em que os caracteres são os triângulos, os círculos e demais figuras geométricas, sem o conhecimento dos quais é impossível entender uma só das suas palavras” [23].

E sobre a necessidade de ser versado nos livros químicos bastará referir que é pela química que a Natureza é dissecada, num processo de análise e síntese, para bem se compreender a sua composição e os mecanismos de sua acção.

A “industria (como diligência de acção intelectual), constância, riqueza, prudência, socego, paciência e segredo” são qualidades universalmente reconhecidas e se espera sejam apanágio de toda a actividade científica, sem as quais a actividade ela rapidamente degenera e se torna fogo fátuo.

Tudo isto se configura no “homem de claro entendimento, profundo juízo, subtil discurso, grande compreensão e bom engenho” que o Adepto deve ser.

 

Porque tudo isto fizera já parte das longas conversas de Enodato com Enódio nos seus discursos sobre a Pedra Filosofal, Enodato não se mostrou minimamente surpreendido com o discurso do Ancião, confessando-lhe singela e humildemente: “eu se não sou Filósofo, ao menos estudei Filosofia com o maior Mestre desta ciência”. Esse Mestre de quem Enodato fora discípulo era o Jesuíta, Padre Simão de Almeida. Considerando-se assim minimamente iniciado na ciência do Ancião, Enodato ousa interrogá-lo, perguntando-lhe a razão porque espremera e engolira o sumo do fruto daquela àrvore junto da qual estava sentado. O Ancião não se furtou à resposta e claramente lhe disse que o fizera para “conservar os humores do corpo na sua natural harmonia, expellindo o nocivo e conservando o util para a saúde”. Usava fazê-lo frequentemente e só assim, vivia já há mais de três séculos, com forças e alentos da mais robusta e florida adolescência [24]. E logo ali, o Ancião permitiu a Enodato que preparasse também ele um pouco daquele sumo que a Imperatriz não o proibia.

Mas a tarefa não era fácil. Enodato não conseguiu colher nenhum fruto daquela árvore; sempre que tentava fazê-lo só lhe ficavam na mão algumas folhas, pois os frutos estavam escondidos dentro dos troncos. Não era nem com força, nem com violência que podiam ser colhidos; eram necessárias ciência e arte; era necessário conhecer primeiro a natureza das árvores que se encontravam em redor que embora diferentes na aparência, eram, na raiz, o mesmo da árvore dos frutos que desejava colher. Todas elas tinham raiz descoberta, todas as raízes eram igualmente brancas entravam perpendicularmente pela terra dentro aonde se sustentavam sem nenhuma água.

Guiado pelo Ancião, Enodato descobriu que por baixo dessas raízes subiam dois sumos que ao chegarem às raízes se juntavam num só, o verdadeiro sumo de que as raízes se alimentavam. Ele não era água, mas era feito de água e terra.

Em toda a sua vida, Enodato não contemplara nunca essa Tela de Lima de Freitas onde o autor nos apresenta, dentro de um grande ovo, o elemento feminino da génese da vida, rodeado de labaredas, o fogo, o elemento masculino da mesma génese, a Árvore da Vida, com os seus pomos e aves, esvoaçando entre os seus ramos plenos de folhas. A Árvore ocupa o centro da esfera. Aí, o Fogo separa a Água da Terra permitindo, todavia, que na interface comum de ambas se alimentem as raízes da árvore da Vida. Debaixo da sua copa se senta o homem, numa meia-lua, o símbolo e instrumento do equilíbrio cósmico, junto dum peixe que é simultaneamente o símbolo do Salvador e da Água que é a matriz da fecundidade e da fertilidade, a matriz da própria vida [25]. Não a contemplara, mas o que via no seu sonho não era muito diferente, sobretudo, considerada a sua carga simbólica.

Sem ciência bastante para colher sózinho os frutos com que desejava preparar o sumo que o Ancião tomara, Enodato foi generosamente ajudado nessa tarefa pelo próprio Ancião. Com o seu bastão, este tocou no tronco daquela árvore onde os frutos estavam escondidos. Toda a árvore ficou negra; os seus ramos e folhas caíram e o seu talo branco ficou totalmente à vista. O Ancião pediu-lhe que colhesse esse talo e o fosse levar à Imperatriz para que o abençoasse. Depois de abençoado, deveria trazê-lo de novo para o sítio onde o colhera., o local onde ambos se encontravam, junto da árvore de Ouro. Ele, Ancião, não o acompanharia no resto da jornada até ao Palácio da Imperatriz. Ficaria ali mesmo à espera que regressasse. Enodato não teria que preocupar-se por não saber o resto do caminho, pois só teria de seguir sempre em frente, sem se desviar para qualquer lado. Nem teria de recear a sua falta de preparação para conversar com a Imperatriz, pois o talo que levava para ser abençoado lhe serviria de língua e condutor [26].

Aliviando com o fresco da noite o grande calor do dia, o peregrino Enodato lá foi caminhando, sozinho, sempre com tempo sereno, sem avistar nem uma pequena nuvem, nem pessoa alguma, mas apenas muitos pássaros e algum orvalho pela manhã. Passados muitos dias avistou o magnífico Palácio da Imperatriz em cuja circunferência estavam muitos Cortesãos que se pareciam com o Filósofo que o iniciara na caminhada, embora mais jovens que ele. Suspensos, todos eles olhavam para a Imperatriz que estava sentada num elevadíssimo trono e riquissimamente adornada com tudo quanto produz o Universo.

Sem que ninguém o impedisse, Enodato ajoelhou reverentemente, com o talo que levava, aos pés da Soberana. O talo logo floresceu e a Soberana lhe lançou a sua bênção remetendo-o de imediato para o Filósofo para que este lhe ensinasse o que ainda ignorava. Agradecido, Enodato voltou prontamente para junto do Ancião. Regressando pela mesma estrada, em poucas horas fez a caminhada que antes lhe levara dias. De novo na companhia do Ancião que estava agora deitado ao pé da Árvore do Ouro, lhe entregou o talo florido que trazia e lhe pediu o que a Imperatriz lhe ordenara, que lhe ensinasse o que devia fazer.

O que havia a fazer era pouco e simples. Enodato colheu as flores do talo e colocou-as em cima sobre uma das folhas mais expostas ao sol da árvore sob que estavam. O calor do sol derreteu de pronto a folha e as flores, tudo ficando reduzido a uma grande massa que o sol converteu num fruto semelhante aos frutos da Árvore de Ouro. Enodato o colheu e se aproveitou das suas virtudes. Esfregando com ele as folhas das outras árvores todas elas se converteram em folhas da Árvore de Ouro. E dele tirou também um sumo que se bebido transforma o homem velho em novo e o mancebo em menino, sem que lhes diminua a idade, pois o número de anos se lhes continuará a ser acrescentado.

Bem elucidado pelo Ancião, Enodato resolveu-se a bebê-lo. De febricitante que se achava, com tosse, pernas inchadas e tolhido, como tinha vindo das Caldas, no Outono passado, com o estigma de um funesto prognóstico lavrado pelo maior Médico da Europa, logo começou a sentir os braços e as pernas livres e desembaraçadas, o corpo fresco, o peito livre, a tosse desvanecida. E já se via a passear, muito em breve, pelas ruas da cidade, cheio de saúde e rejuvenescido.

Neste ponto Enodato acordou. O seu sonho fora interrompido. Mas, revivendo-o ele sentiu que durante ele lhe fora indicado o caminho que deveria percorrer para chegar ao Elixir da longa vida, a Pedra Filosofal, e também aquilo em que ela consistiria, assim ele o soubesse interpretar correctamente [27].

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A.M.AMORIM DA COSTA. Dept. Química, Faculdade de Ciências e Tecnologia . Universidade de Coimbra . 3004 – 535 Coimbra – Portugal

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Última Actualização:
06-Apr-2006