A MAÇONARIA
E A SEXUALIDADE

Frederico
Guilherme Costa

"QUANDO FORMARDES OS DOIS UM,
E O INTERNO COMO O EXTERNO,
E O ALTO COMO O BAIXO,
A FIM DE FAZER O MACHO
E A FÊMEA EM UM SÓ,
PARA QUE O MACHO NÃO SE FAÇA MACHO,
E A FÊMEA NÃO SE FAÇA FÊMEA,
INGRESSAREIS ENTÃO NO REINO".

(dito 23 do Evangelho segundo São Tomáz)

A opinião da mulher nos trabalhos maçônicos tem sido cogitada pelas lojas de vários países, porém as opiniões a respeito são muito divergentes.

Um pequeno trecho do artigo de Frederico Guilherme Costa, denominado:

"O IDEÁRIO DA MAÇONARIA E SUAS PREOCUPAÇÕES
COM A QUESTÃO DA SEXUALIDADE"

Falar sobre a preocupação da sexualidade é tratar de um assunto não muito confortável; em 1774 temos um rito da maçonaria de adoção, destinado às mulheres. Esta iniciativa coube ao Grande Oriente da França, que exigiu subordinação à uma loja regular masculina. O maçom Francês e católico, Alec, procura justificar o impedimento por razões históricas, psicológicas e morais. Tenta demonstrar que na maçonaria dita operativa não era possível existirem pedreiras. Declara que quando da fundação da moderna maçonaria, o Club Maçônico Londrino, a exemplo dos tradicionais clubes de homens, não aceitava a iniciação feminina.

Como impedir a uma cidadã que elege e é eleita, o ingresso numa sociedade que defende a liberdade e a igualdade?

Apesar de alguns maçons se considerarem liberais, e a favor do ingresso da mulher na maçonaria, sómente esta, excluída eventualmente, poderia interpretar um dia, as práticas e a doutrina ritual mística que sempre estiveram sujeitas à localização social dos maçons, a partir de uma perspectiva de mudança e ruptura com o modelo existente.

Preâmbulo da carta das Nações Unidas, aprovada pelo D.L. 7935/45 e retificada pelo Brasil, a 12 de setembro de 1945:

"Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes, no espaço da nossa vida trouxe sofrimentos indizíveis a humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como as Nações grandes e pequenas...

CONCLUSÃO

Penso que o assunto "A mulher na maçonaria" ainda não mereceu o tratamento adequado e sempre foi visto de forma superficial; ainda não foi considerado que a mulher perante o mundo tem conquistado direitos políticos, dirigindo nações e ocupando altos cargos dentro da política mundial.

Não entendo o porquê de tantos obstáculos, quando a igualdade de direitos, presente nas constituições, declara que de maneira geral reconhece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de sexo, raça, trabalho, credo religioso e ideais políticos.

Projeto de monografia apresentado à disciplina de História Social, sob orientação da professora Claudia Quaquarelli.
Curitiba - Novembro - 2003

A.'.V.'.C.'.B.'.:: http://www.carbonaria.org/vendas/vendas60.htm
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