Apocalipse segundo S. João (1)

S. JOÃO

Segundo a Bíblia dos Capuchinhos

Capítulos: 1-7; 8-14; 15-22

 


Ap 1

INTRODUÇÃO (1,1-20)

Introdução e saudação1Revelação de Jesus Cristo. Deus encarregou-o de manifestar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer e que Ele comunicou pelo anjo que enviou ao seu servo João, 2o qual atesta que tudo o que viu é Palavra de Deus e testemunho de Jesus Cristo.3Feliz o que lê e os que escutam a mensagem desta profecia e põem em prática o que nela está escrito, porque o tempo está próximo.4João saúda as sete igrejas da província da Ásia: graça e paz da parte daquele que é, que era e que há-de vir, da parte dos sete espíritos que estão diante do seu trono 5e da parte de Jesus Cristo, a Testemunha fiel, o Primeiro vencedor da morte e o Soberano dos reis da terra.Àquele que nos ama e nos purificou dos nossos pecados com o seu sangue,

6e fez de nós um reino, sacerdotes para Deus e seu Pai;
a Ele seja dada a glória e o poder
pelos séculos dos séculos. Ámen!

7Olhai: Ele vem no meio das nuvens! Todos os olhos o verão, até mesmo os que o trespassaram. Todas as nações da terra se lamentarão por causa dele. Sim. Ámen!

8Eu sou o Alfa e o Ómega – diz o Senhor Deus – aquele que é, que era e que há-de vir, o Todo-Poderoso.

Visão do Ressuscitado9Eu, João, que sou vosso irmão e companheiro na perseguição, no Reino e na constância cristã, encontrava-me na ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus. 10No dia do Senhor, o Espírito arrebatou-me e ouvi atrás de mim uma voz potente como de trombeta, 11que dizia: «O que vais ver, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas: à de Éfeso, de Esmirna, de Pérgamo, de Tiatira, de Sardes, de Filadélfia e de Laodiceia.»

12Voltei-me para ver de quem era a voz que me falava. E, ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro; 13no meio dos candelabros, vi alguém com aparência humana; estava vestido de uma túnica comprida até aos pés e cingido com um cinto de ouro em torno do peito; 14a sua cabeça e os seus cabelos eram brancos, como a brancura da lã e da neve; os seus olhos eram como uma chama de fogo; 15os seus pés assemelhavam-se ao bronze incandescente numa forja, e a sua voz era como o rumor de águas caudalosas; 16Ele tinha na mão direita sete estrelas e da sua boca saía uma aguda espada de dois gumes; o seu rosto era como o Sol resplandecente com toda a sua força.

17Ao vê-lo, caí como morto, a seus pés. Mas Ele colocou a mão direita sobre mim, dizendo: «Não tenhas medo!

Eu sou o Primeiro e o Último;
18aquele que vive.
Estive morto; mas, como vês, estou vivo
pelos séculos dos séculos
e tenho as chaves da Morte e do Abismo!

19Escreve, pois, as coisas que vês, as que estão a acontecer e as que vão acontecer, depois destas. 20E este é o simbolismo das sete estrelas que viste na minha mão direita e dos sete candelabros de ouro: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas; e os sete candelabros são as sete igrejas.»


Ap 2

I. CARTAS ÀS SETE IGREJAS (2,1-3,22)

À igreja de Éfeso1Ao anjo da igreja de Éfeso, escreve: «Isto diz o que tem na mão direita as sete estrelas, o que caminha no meio dos sete candelabros de ouro: 2‘Conheço as tuas obras, as tuas fadigas e a tua constância. Sei também que não podes tolerar os malvados e que puseste à prova os que se dizem apóstolos – mas não o são – e os achaste mentirosos; 3tens constância, sofreste por causa de mim e não perdeste a coragem.

4No entanto, tenho uma coisa contra ti: abandonaste o teu primitivo amor. 5Lembra-te, pois, donde caíste, arrepende-te e torna a proceder como ao princípio. Se não procederes assim e não te arrependeres, Eu virei ter contigo e retirarei o teu candelabro do seu lugar. 6Mas tens isto em teu favor: detestas as obras dos nicolaítas, como eu também as detesto.’

7Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que sair vencedor, dar-lhe-ei a comer da árvore da Vida que está no Paraíso de Deus.»

À igreja de Esmirna8Ao anjo da igreja de Esmirna escreve: «Isto diz o Primeiro e o Último, aquele que estava morto, mas reviveu: 9‘Conheço as tuas tribulações e a tua pobreza; no entanto, és rico. Também conheço as calúnias dos que se dizem judeus, mas que não são mais que uma sinagoga de Satanás.

10Não temas nada do que vais sofrer. Eis que o Diabo vai lançar alguns de vós na prisão para vos provar. Sereis atribulados durante dez dias. Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida.’ 11Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Aquele que vence não será vítima da segunda morte.»

À igreja de Pérgamo12Ao anjo da igreja de Pérgamo escreve: «Isto diz o que tem uma aguda espada de dois gumes: 13‘Sei onde habitas. É onde está o trono de Satanás; e, no entanto, guardas fidelidade ao meu nome e não renegaste a fé em mim, nem sequer nos dias de Antipas, minha testemunha fiel, que foi morto na vossa cidade – que é morada de Satanás.

14Mas tenho algumas coisas contra ti: tens aí alguns que seguem a doutrina daquele Balaão que ensinou Balac a tentar os israelitas, de modo a comerem as carnes imoladas aos ídolos e a praticarem a imoralidade. 15Mais ainda, também tens alguns que seguem igualmente a doutrina dos nicolaítas. 16Converte-te, pois; se não, virei ter contigo brevemente e combaterei contra eles com a espada da minha boca.’

17O que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que sair vencedor, dar-lhe-ei a comer do maná escondido e dar-lhe-ei também uma pedra branca; na pedra branca estará gravado um novo nome que ninguém conhece, a não ser o que a recebe.»

À igreja de Tiatira18Ao anjo da igreja de Tiatira escreve: «Isto diz o Filho de Deus, aquele cujos olhos são como chama de fogo e cujos pés são semelhantes ao bronze:

19‘Conheço as tuas obras, a tua caridade, a tua fé, a tua dedicação, a tua constância e as tuas últimas obras, mais numerosas que ao princípio.

20Mas tenho uma coisa contra ti: toleras que Jezabel, essa mulher que a si mesma se chama profetiza, ensine e engane os meus servos, levando-os à imoralidade e a participar em banquetes idolátricos. 21Concedi-lhe um prazo para que se arrependesse da sua imoralidade, mas ela não quer arrepender-se. 22Então, vou prostrá-la num leito de dor, e sobre os seus amantes vou lançar uma grande tribulação, a menos que se arrependam das obras que praticaram com ela.

23Vou destruir pela morte os filhos que ela gerou. Deste modo, saberão todas as igrejas que sou Eu quem conhece profundamente os pensamentos e os corações e que retribuirei a cada um de vós conforme as vossas obras.

24Agora, dirijo-me a vós, aos restantes de Tiatira, a todos quantos não professam essa tal doutrina nem conhecem, como eles dizem, as profundidades de Satanás: não vos imponho outra carga; 25no entanto, o que tendes, guardai-o bem, até que Eu venha.

26Ao que vencer, cumprindo até ao fim as minhas obras, darei poder sobre os povos, 27o mesmo que Eu recebi de meu Pai, os quais Ele governará com ceptro de ferro e quebrará como quem parte vasos de barro; 28e dar-lhe-ei a estrela da manhã.’

29O que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.»


Ap 3

À igreja de Sardes1Ao anjo da igreja de Sardes, escreve: «Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas: ‘Conheço as tuas obras; tens fama de estar vivo, mas estás morto. 2Sê vigilante e fortifica aquilo que está a morrer, pois não encontrei perfeitas as tuas obras, diante do meu Deus. 3Recorda, portanto, o que recebeste e ouviste. Guarda-o e arrepende-te. Pois se não estiveres vigilante, virei como um ladrão, sem que saibas a que hora virei ter contigo.

4No entanto, tens em Sardes algumas pessoas que não mancharam as suas vestes; esses caminharão comigo, vestidos de branco, pois são dignos disso. 5Assim, o que vencer andará vestido com vestes brancas e não apagarei o seu nome do livro da Vida, mas o darei a conhecer diante de meu Pai e dos seus anjos.’

6Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.»

À igreja de Filadélfia7Ao anjo da igreja de Filadélfia escreve: «Isto diz o Santo, o Verdadeiro, o que tem a chave de David, o que abre e ninguém fecha e fecha e ninguém abre:

8‘Conheço as tuas obras. Vê, coloquei diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar. Tens pouca força, mas guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome. 9Farei que alguns da sinagoga de Satanás – esses que se dizem judeus sem o serem, pois mentem – venham prostrar-se a teus pés. E saberão que Eu te amei. 10Porque guardaste a minha palavra com perseverança, também Eu te guardarei na hora da provação que vai vir sobre todo o mundo, para provar os habitantes da terra. 11Venho em breve: guarda o que tens, para que ninguém te arrebate a tua coroa.’

12Ao que vencer, fá-lo-ei coluna no templo do meu Deus. Entrará e não mais sairá dele. E gravarei nele o meu nome novo, o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu de junto do meu Deus.

13Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.»

À igreja de Laodiceia14Ao anjo da igreja de Laodiceia, escreve: «Isto diz o Ámen, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da Criação de Deus:

15Conheço as tuas obras: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente. 16Assim, porque és morno – e não és frio nem quente – vou vomitar-te da minha boca. 17Porque dizes: ‘Sou rico, enriqueci e nada me falta’ – e não te dás conta de que és um infeliz, um miserável, um pobre, um cego, um nu – 18aconselho-te a que me compres ouro purificado no fogo, para enriqueceres, vestes brancas para te vestires, a fim de não aparecer a vergonha da tua nudez e, finalmente, o colírio para ungir os teus olhos e recobrares a vista. 19Aos que amo, eu os repreendo e castigo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. 20olha que Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo.’

21Ao que vencer, farei que se sente comigo no meu trono, assim como Eu venci e estou sentado com meu Pai, no seu trono.

22Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.»


Ap 4
II. REVELAÇÃO DO SENTIDO DA HISTÓRIA (4,1-22,5)

O trono de Deus (Ez 1,26-27) – 1Depois disto, tive outra visão: havia uma porta aberta no céu e a voz que eu ouvira ao princípio, como se fosse de trombeta, falava comigo, dizendo: «Sobe aqui e vou mostrar-te o que deve acontecer depois disto.»2Imediatamente, fui arrebatado em espírito: vi um trono no céu e sobre o trono havia alguém sentado. 3O que estava sentado era, no aspecto, semelhante à pedra de jaspe e de sardónica e uma auréola, de aspecto semelhante à esmeralda, rodeava o trono. 4Formando um círculo à volta do trono, vi que havia vinte e quatro tronos e sobre eles estavam sentados vinte e quatro anciãos vestidos de branco e com coroas de ouro na cabeça. 5Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões; sete lâmpadas de fogo ardiam diante do trono de Deus, as quais são os sete espíritos de Deus. 6Diante do trono havia também uma espécie de mar de vidro, transparente como cristal. No meio do trono e à volta do trono havia ainda quatro seres viventes cobertos de olhos por diante e por detrás: 7o primeiro vivente era semelhante a um leão; o segundo era semelhante a um touro; o terceiro tinha uma face semelhante à de um homem e o quarto era semelhante a uma águia em voo.8Os quatro seres viventes tinham cada um seis asas cobertas de olhos por fora e por dentro. E não cessavam de cantar, de dia e de noite:

«Santo, santo, santo
é o Senhor Todo-Poderoso,
o que era, o que é e que há-de vir.»

9E, sempre que os seres viventes dão glória, honra e acção de graças ao que está sentado no trono e que vive pelos séculos dos séculos, 10os vinte e quatro anciãos prostram-se diante do que está sentado no trono e adoram ao que vive para sempre; e, lançando as suas coroas diante do trono, aclamam:

11«Digno és, Senhor e nosso Deus,
de receber a glória, a honra e a força;
porque criaste todas as coisas,
por tua vontade foram criadas e existem.»

Ap 5

O livro selado e o Cordeiro1Depois, vi na mão direita do que estava sentado no trono um livro escrito nas duas faces e selado com sete selos. 2Vi também um anjo forte que clamava com voz potente: «Quem é digno de abrir o livro e de quebrar os selos?» 3Mas ninguém, nem no céu nem na terra, nem debaixo da terra era capaz de abrir o livro nem de olhar para ele.

4E eu chorava copiosamente porque não fora encontrado ninguém digno de abrir o livro nem de olhar para ele. 5Então, um dos anciãos disse-me: «Não chores. Porque venceu o Leão da tribo de Judá, o rebento da dinastia de David; Ele abrirá o livro e os seus sete selos.»

6Depois olhei e vi no meio do trono e dos quatro seres viventes e no meio dos anciãos, um Cordeiro. Estava de pé, mas parecia ter sido imolado. Tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra. 7Depois, o Cordeiro aproximou-se e recebeu o livro da mão direita do que estava sentado no trono. 8E, quando Ele recebeu o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma cítara e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. 9E cantavam um cântico novo, dizendo:

«Tu és digno de receber o livro
e de abrir os selos;
porque foste morto e,
com teu sangue, resgataste para Deus,
homens de todas as tribos, línguas, povos e nações;
10e fizeste deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus;
e reinarão sobre a terra.»

11Na visão, ouvi a voz de uma multidão angélica, à volta do trono, dos seres viventes e dos anciãos; o seu número era de miríades de miríades, milhares de milhares e 12cantavam com voz forte:

«O Cordeiro que foi imolado
é digno de receber o poder e a riqueza,
a sabedoria e a força,
a honra, a glória e o louvor.»

13Ouvi também todas as criaturas do céu, da terra e de debaixo da terra, do mar e de tudo quanto neles existe, que proclamavam:

«Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro,
sejam dados o louvor, a honra,
a glória e a fortaleza
pelos séculos dos séculos.»

14E os quatro seres viventes diziam: «Ámen.» E os anciãos prostraram-se em adoração.


Ap 6

Abertura dos seis primeiros selos1Depois, na visão, quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos, ouvi um dos quatro seres viventes que dizia com voz de trovão: «Vem!» 2E vi que apareceu um cavalo branco; o cavaleiro levava um arco e foi-lhe dada uma coroa. Depois, partiu vencedor para novas vitórias.

3Quando Ele abriu o segundo selo, ouvi o segundo vivente que dizia: «Vem!» 4E saiu outro cavalo, que era vermelho; e ao cavaleiro foi dado o poder de retirar a paz da terra e de fazer com que os homens se matassem uns aos outros. Foi-lhe dada, igualmente, uma grande espada.

5Quando Ele abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente que dizia: «Vem!» Na visão apareceu um cavalo negro. O cavaleiro tinha na mão uma balança. 6E ouvi algo semelhante a uma voz no meio dos quatro seres viventes que dizia:

«Uma medida de trigo por um dinheiro
e três medidas de cevada por um dinheiro.
Mas não estragues o azeite nem o vinho.»

7E, quando Ele abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente que dizia: «Vem!» 8Na visão apareceu um cavalo esverdeado. O cavaleiro chamava-se «Morte»; e o «Abismo» seguia atrás dele. Foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela morte e pelas feras da terra.

9E, quando Ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos, por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. 10E clamavam em alta voz:

«Tu, que és o Poderoso,
o Santo, o Verdadeiro!
Até quando esperarás para julgar
e tirar vingança do nosso sangue
sobre os habitantes da terra?»

11Foi dada a cada um uma veste branca e foi-lhes dito que esperassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos seus companheiros de ministério e dos seus irmãos que iam ser mortos, como eles.

12E, quando Ele abriu o sexto selo, houve um grande terramoto e o Sol tornou-se negro, como um pano de crinas, e toda a Lua ficou como sangue. 13As estrelas caíram do céu à terra, como os figos verdes caem de uma figueira sacudida por um furacão. 14O céu foi afastado, como um livro que se enrola e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. 15Os reis da terra, os poderosos, os generais, os ricos, os fortes, todos, escravos e livres, se esconderam nas cavernas e nos rochedos das montanhas; 16e diziam às montanhas e aos rochedos:

«Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que está sentado no trono, e da cólera do Cordeiro. 17Porque chegou o grande dia da sua cólera; e, quem poderá resistir?»


Ap 7

A Igreja, novo povo de Deus1Depois disto, vi quatro anjos, de pé sobre os quatro cantos da terra. Seguravam os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre as árvores.

2Depois, vi outro anjo que subia do Oriente, levando o selo do Deus vivo e gritando com voz forte aos quatro anjos, aos quais fora dado o poder de danificar a terra e o mar. E dizia: 3«Não danifiqueis a terra nem o mar nem as árvores, até que tenhamos marcado com um selo a fronte dos servos do nosso Deus.» 4Ouvi também o número dos que foram assinalados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel:

5da tribo de Judá, doze mil assinalados;
da tribo de Rúben, doze mil;
da tribo de Gad, doze mil;
6da tribo de Aser, doze mil;
da tribo de Neftali, doze mil;
da tribo de Manassés, doze mil;
7da tribo de Simeão, doze mil;
da tribo de Levi, doze mil;
da tribo de Issacar, doze mil;
8da tribo de Zabulão, doze mil;
da tribo de José, doze mil;
da tribo de Benjamim, doze mil assinalados.

9Depois disto, apareceu na visão uma multidão enorme que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé com túnicas brancas diante do trono e diante do Cordeiro, e com palmas na mão. 10Aclamavam em alta voz:

«A salvação pertence ao nosso Deus,
que está sentado no trono,
e ao Cordeiro.»

11E todos os anjos, que estavam de pé à volta do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes, prostraram-se diante do trono, com a face por terra, e adoraram a Deus, 12aclamando:

«Ámen!
O louvor, a glória, a sabedoria,
a acção de graças, a honra, o poder e a força
devem ser dados ao nosso Deus
pelos séculos do séculos.
Ámen!»

13Então, um dos seres viventes tomou a palavra e disse-me: «Estes, que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e donde vieram?»

14Eu respondi-lhe: «Meu senhor, tu é que sabes.» Ele disse-me: «Estes são os que vêm da grande tribulação; lavaram as suas túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro. 15Por isso, estão diante do trono de Deus e servem-no, noite e dia, no seu santuário, e o que está sentado no trono abrigá-los-á na sua tenda. 16Nunca mais passarão fome nem sede; nem o sol nem o calor ardente cairão sobre eles, 17porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e conduzirá às fontes de água viva; e Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos.»

 

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