HÁ 10 ANOS na Península Ibérica, mais uma exposição universal
PARA UMA ARQUEOLOGIA EPISTÉMICA DAS EXPOS DE SEVILHA E LISBOA- INDEX
Nota prévia
As relações entre ciência e contexto social têm sido interpretadas por teses controversas, ao longo da modernidade. Isso acontecendo, quer porque se trata de uma problemática conceptualmente densa, quer porque tem possibilitado posicionamentos muito diferentes entre si.
Na medida em podem acolher modos específicos de utilizar ou de impor a memória colectiva ao serviço do enaltecimento do conhecimento humano, nomeadamente experimental, com destaque para as formas singulares de criar e de dar visibilidade às ciências ou às tecnologias (1), torna-se ainda mais interessante reflectir criticamente sobre a fenomenologia dos saberes e das práticas gnosiológicas veiculadas pelas Grandes Exposições.
(1) Para melhor integrar a problemática relacionada com gestos tendentes a exibir ciências e tecnologias, ver Ana Luísa Janeira - Fazer-ver para Fazer-saber . Os Museus das Ciências. Lisboa, Edições Salamandra, 1995.
ANA LUÍSA JANEIRA
Professora Associada com Agregação em Filosofia das Ciências do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Rua Ernesto de Vasconcelos, 1700 Lisboa, tel. 351.217573141, fax 351.217500088.
Co-fundadora, primeira coordenadora e, actualmente, investigadora do Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa (CICTSUL).
Instituto de Investigação Científica Bento da Rocha Cabral
Calçada Bento da Rocha Cabral, 14 - 1250-047 Lisboa