SURREALISMO ACTUAL

Quinta-feira, dia 18 de Junho de 2009, às 18h, tem início o Ciclo de Celebração dos 60 anos sobre a 1ª Exposição de OS SURREALISTAS,
contando com a presença de Artur do Cruzeiro Seixas, fundador,
com Mário Cesariny e demais companheiros, do anti-grupo Surrealista.

Para a ocasião, temos o prazer de enviar-lhe convite digital, em anexo, na expectativa de que possa estar presente, celebrando connosco um acontecimento histórico, ocorrido em 1949, que muito contribuiu para a afirmação artística nacional.

O ciclo estende-se por mais três momentos, entre Junho e Julho, em Lisboa, Porto e Torres Vedras. Brevemente poderá aceder a toda a informação via internet, em: www.pervegaleria.eu (site em actualização permanente).

No fim deste mês, apresentamos um livro-objecto artístico, intitulado “Prosseguimos, cegos pela intensidade da luz”, de Cruzeiro Seixas, que encerra uma trilogia, que dedicámos ao Surrealismo, iniciada em 2006 com a edição de “Timothy Mc-Veigh – o condenado à morte”, de Mário Cesariny, tendo-se-lhe seguido “A Comunidade”, de Cruzeiro Seixas com Luiz Pacheco. O lançamento desta obra está marcado para dia 30, na Livraria Lello, no Porto, e para dia 1 de Julho, no CCB.

Esperando, sinceramente, que possa juntar-se a nós nas iniciativas deste Ciclo - que é simultaneamente uma homenagem -, enviamos as nossas melhores saudações e colocamo-nos à Sua disposição,

Carlos Cabral Nunes | Direcção Artística

"OS SURREALISTAS"
Ciclo de celebração dos 60 anos da 1ª exposição do Anti-grupo Surrealista Português

É uma iniciativa produzida pelo colectivo Multimédia Perve que evoca e revisita a célebre exposição que, em 1949 teve lugar na sala de projecções da Pathé Baby, de forma a homenagear os membros do anti-grupo português e a todos os que por via da afinidade artística e intelectual com eles estabeleceram uma relação nas décadas posteriores, 60 anos volvidos sobre a “rebelião” que levou Cesariny, acompanhado por Cruzeiro Seixas, Pedro Oom, Risques Pereira, António Maria Lisboa, Mário Henrique Leria, Fernando José Francisco, Carlos Eurico da Costa, Carlos Calvet, Fernando Alves dos Santos, António Paulo Tomaz e João Artur da Silva, a formar “Os Surrealistas”.
O percurso individual que, ressalvadas as cisões, a partir daí se empreenderia no sentido da reabilitação do indivíduo enquanto criador e do automatismo impulsionador e gerador da criação, no sentido da luta contra a opressão, da luta contra os pré-determinismos e as negações gratuitas, logrou num avassalador fluxo de criação artística e intelectual que ainda hoje provoca em nós interpelação e denuncia o sentido da liberdade no indivíduo, na criação, na acção e no pensamento, por eles despidos de academismos e de palavras de ordem. Por tudo isso, este ciclo é também uma forma de trazer para a actualidade o “gesto” afirmativo de liberdade de expressão artística.
A intenção inicial da homenagem, que agora se cumpre, resultou num conjunto de parcerias nacionais e internacionais com artistas, galerias de arte e demais instituições públicas e privadas que, desenvolvendo uma acção importante no campo das artes, quiseram por esta via aderir ao anseio de levar distintos pontos do país, e Lisboa em particular, a (re)viver "Os Surrealistas", 60 anos depois da exposição inaugural.

 
SÚMULA DA INICIATIVA
"OS SURREALISTAS" - Ciclo de celebração dos 60 anos sobre a 1ª exposição do Anti-grupo Surrealista Português é uma iniciativa produzida pelo Colectivo Multimédia Perve, em parceria com a Perve Global Lda. empresa responsável pela gestão financeira e comercial da Perve Galeria, o Centro Cultural de Belém, a Câmara Municipal de Torres Vedras, Livraria Lello (Porto) a Galeria Ceutarte, A Galeria Corrente de Arte, a Galeria de Ian Thomas, a Junta de Freguesia de Santo Estêvão e a Casa dos Arcos de Valdevez (antiga sala de projecções da Pathé Baby) e que, através da realização de diferentes manifestações artísticas evoca e revisita a célebre exposição que, em 1949, teve lugar em Lisboa.
Nas palavras do Professor António Cândido Franco escritas para o catálogo deste Ciclo Comemorativo “A Iª exposição dos Surrealistas, que aconteceu em Junho-Julho de 1949 na antiga sala de projecções do Pathé-Baby, rua Augusto da Rosa, em Lisboa, não foi uma exposição de pintura. Também não foi um acontecimento mundano nem o nascimento dum novo movimento literário. A Iª Exposição dos Surrealistas foi tanto e tão-só o cais de partida duma aventura humana (…) Sessenta anos depois a reconstrução continua. Sessenta anos depois a Iª Exposição dos Surrealista diz presente e pode ser visitada. Sessenta anos depois o grupo de mágicos não acabou ainda de alimentar de luz o Sol”.
É precisamente por considerarmos pertinente e actual a proposta de “Os Surrealistas” que desenvolvemos um conjunto de acções programadas entre 18 de Julho e 31 de Agosto de 2009, que integram tal como essa exposição o fez, distintas linguagens artísticas como as artes plásticas, a instalação, a criação de obras de arte in situ por parte de artistas contemporâneos, a poesia, a literatura, a música, a performance, que sob a direcção artística e curadoria de Carlos Cabral Nunes pretendem criar uma dinâmica criativa abrangente fomentando o cruzamento das várias disciplinas artísticas, como que uma interpretação do gesto realizado à 60 anos pelo grupo de artistas que formaram o anti-grupo “Os Surrealistas”.
 

Portugal (re)vive "Os Surrealistas", 60 anos depois da exposição inaugural!

"OS SURREALISTAS" - Ciclo de celebração dos 60 anos sobre a 1ª exposição do Anti-grupo Surrealista Português | 18 de Junho e 31 de Agosto | Lisboa, Porto e Torres Vedras

A Perve Galeria e o Colectivo Multimédia Perve anunciam a realização de um ciclo expositivo e performativo dedicado a "OS SURREALISTAS" - Celebração dos 60 anos sobre a 1ª exposição do Anti-grupo Surrealista Português, a decorrer entre 18 de Junho e 15 de Agosto em 6 locais distintos em Lisboa e tendo também pólos expositivos no Porto - nas galerias da Livraria Lello - e em Torres Vedras na Galeria Municipal e no Largo da Câmara Municipal.

 
PROGRAMA

Inauguração a 18 de Junho - 18h

De segunda a sábado, das 14 às 20h

Na ocasião, será realizado um percurso entre as exposições, na companhia de Cruzeiro Seixas

EXPOSIÇÃO “OS SURREALISTAS” | Antiga sala de projecções da Pathé Baby | Rua Augusto Rosa nº 58, 1º andar, junto à Sé Patriarcal de Lisboa
Núcleo central e documental do ciclo, na antiga sala de projecções da Pathé Baby - local mítico junto à Sé Patriarcal de Lisboa onde decorreu essa 1ª exposição de "Os Surrealistas" em 1949 – apresenta-se uma exposição que, a par com documentação em vários suportes relativa ao grupo (alguma da qual inédita),  mostra um conjunto de obras da época e exibe uma selecção de filmes sobre os seus membros e seu percurso artístico. Até 2 de Julho.

EXPOSIÇÃO “SURREALISMO ABRANGENTE” | Perve Galeria | Rua das Escolas Gerais nº 17 e 19, junto à Igreja de Santo Estêvão em Alfama
Subordinada ao tema “Surrealismo Abrangente”, decorre na Perve Galeria uma mostra abrangente dedicada aos elementos de "Os Surrealistas" e às ligações posteriores com outros artistas que se situaram próximo do movimento, sobretudo centrado, nas décadas posteriores à exposição inaugural,  nas figuras de Mário Cesariny e de Artur do Cruzeiro Seixas. Neste espaço articulam-se obras de alguns dos elementos de “Os Surrealistas” realizadas em anos posteriores às exposições do Anti-grupo, desde os anos 1949/50 até à presente data, a par com obras de outros autores que não fazendo parte dele se foram ligando a figuras do anti-grupo. Falamos de personalidades como António Quadros, Eurico Gonçalves, Gonçalo Duarte, Isabel Meyrelles, Raúl Perez, Mário Botas, João Rodrigues, José Escada e Natália Correia, entre outros. Até 31 de Julho.

EXPOSIÇÃO “REVISITAÇÃO| Rua dos Remédios Nº 98 | Alfama
Selecção de obras contemporâneas de artistas que, de forma mais ou menos directa, convergem com a proposta Surrealista, sobretudo no tocante ao ideário “Liberdade, Amor, Poesia”. Até 31 de Julho.

EXPOSIÇÃO “IN-SITU| Rua dos Remédios Nº 57, 1º | edifício da Junta de Freguesia de Stº Estêvão em Alfama
Intervenções artísticas realizadas in-situ num local não convencional, onde autores contemporâneos revisitam o "gesto" precursor de "Os Surrealistas" na exposição inaugural do anti-grupo, criando obras e instalações que buscam a recontextualização /releitura do Surrealismo em Portugal. De entre os artistas participantes,  destacam-se Chris Hales -artista intermédia Inglês, Stanislav Miler - Eco-artista Checo e os portugueses Fernando Aguiar, Gabriel Garcia, Manuel João Vieira, João Garcia Miguel, Ricardo Casimiro, Eva Alves e Inês Marcelo Curto, assim como a participação dos fundadores dos Colectivo Multimédia Perve, Nuno Espinho e Cabral Nunes, entre outros que, de acordo com um projecto de curadoria específico, vão dar corpo a esta celebração. Até 31 de Julho.

Inauguração a 30 de Junho no Porto - 18h | Horário - 2ª a 6ª: 10h-19h30 / Sábado: 10h-19h

EXPOSIÇÃO “OS SURREALISTAS – ONTEM É AMANHÔ e lançamento do livro-objecto artístico de Cruzeiro Seixas: "Prosseguimos, cegos pela intensidade da luz" | livraria Lello | Rua das Carmelitas 144 - Porto
Reúne documentação sobre “Os Surrealistas” a par com obras dos seus membros, com carácter de mostra retrospectiva. Simultaneamente, é lançado um livro-objecto artístico, da autoria de Artur do Cruzeiro Seixas, intitulado "Prosseguimos, cegos pela intensidade da luz" que faz uma espécie de súmula do que foi e é o Surrealismo em Portugal, na óptica do autor. Esse livro-objecto artístico, editado pela Perve Galeria integralmente em serigrafia e com tiragem limitada a 350 exemplares, assinados e numerados pelo artista, encerra uma trilogia dedicada ao Surrealismo que teve início com a publicação, em 2006, do livro-objecto artístico “Timothy Mc-Veigh – o condenado À morte” de autoria de Mário Cesariny. O lançamento conta com a presença do autor, Artur do Cruzeiro Seixas. A exposição está patente até 31 de Julho.

Inauguração a 1 de Julho em Lisboa - às 18h | Horário - 2ª a Sábado das 14h às 20h
Na ocasião, será realizado um percurso entre as exposições, na companhia de Cruzeiro Seixas

APRESENTAÇÃO DO LIVRO-OBJECTO ARTÍSTICO DE CRUZEIRO SEIXAS: "PROSSEGUIMOS, CEGOS PELA INTENSIDADE DA LUZ" | Centro Cultural de Belém | Praça do Império, Lisboa
É apresentado o livro artístico "Prosseguimos, cegos pela intensidade da luz", previamente lançado no Porto, na livraria LELLO. Acompanha esta apresentação - que contará igualmente com a presença de Artur do Cruzeiro Seixas - a exibição de um conjunto de filmes realizados nos anos 50 e 60 do século XX por Carlos Calvet, também ele membro do Anti-Grupo Surrealista português.

EXPOSIÇÃO “SURREALISMO – CONEXÕES E MISCIGENAÇÃO | inauguração da Galeria Perve_Ceutarte | Avenida de Ceuta Lote 7 - loja 1, Alcântara
Reúne um conjunto de obras de artistas, sobretudo de Moçambique e Cabo-verde, com os quais se pode verificar uma relação conceptual, formal, estética e poética com a proposta de “Os Surrealistas”. Destacam-se obras de Pancho Guedes, Malangatana, Shikhani, Reinata, Manuel Figueira e Luísa Queirós. A par com estes artistas, mostram-se obras de arte primitiva e estabelece-se um referencial discursivo com obras de “Os Surrealistas” que também são apresentadas nesta exposição. Até 31 de Julho.

EXPOSIÇÃO “OBJECTOS E FORMAS SURREALISTAS | São Bento | Avª D. Carlos I nº 109, Lisboa
Sob o conceito de surrealismo abrangente, a mostra reúne objectos de “Os Surrealistas” e esculturas em joalharia artística realizadas sob indicação de Mário Cesariny. A par com estas obras, mostram-se as páginas originais do livro-objecto "Prosseguimos, cegos pela intensidade da luz", de autoria de Cruzeiro Seixas. Até 31 de Julho.

Inauguração a 15 de Julho em Torres Vedras - 18h | Horário - 2ª a Sábado / 10h-18h

EXPOSIÇÃO “ALBERGUE DA LIBERDADE” | Praça do Município e Galeria Municipal | T. Vedras
Doado em 2008 para integrar o espólio da “Casa da Liberdade – Mário Cesariny”, o “Albergue da Liberdade” é a ligação de Pancho Guedes, seu autor, com o movimento criado por “Os Surrealistas” que se pretende celebrar com este ciclo. A estrutura, que na génese se formou “como unidade de um corpo múltiplo que se fecha para viajar e se abre para mostrar, e ser experienciado noutros lugares”, mantém a finalidade da mobilidade idealizada (e apresentada na Bienal de Arquitectura de Veneza), ao assumir, em momentos específicos, a condição de estrutura-museu móvel e itinerante, através da qual se dá a conhecer não apenas o espólio da “Casa da Liberdade” como outras obras relevantes e exposições integradas a desenvolver no contexto de uma programação artística que a Perve Galeria vem desenvolvendo e que, recentemente, permitiu apresentá-la no contexto do 2º Encontro de Arte Global, realizado no Panteão Nacional.

A acompanhar a exposição, vão realizar-se tertúlias de poesia e espectáculos musicais abordando a temática surrealista, numa perspectiva descentralizadora deste ciclo de celebração dos 60 anos do Surrealismo em Portugal. Até 30 de Agosto.

Breve historial do Colectivo Multimédia Perve
É uma associação sem fins lucrativos fundada em 1997 com o propósito de divulgar e promover o conceito de Arte Global. Realiza desde 1997, com base nesse conceito, a interligação de várias tipologias /disciplinas artísticas em torno de um mesmo/único acontecimento (multidisciplinar), como sejam exposições, espectáculos, ciclos temáticos, incorporando distintas intervenções de autores de diferentes proveniências e linguagens – da música, poesia, cinema, multimédia, dança, artes plásticas, performance, entre otros. Entre outras iniciativas realizadas desde a sua fundação destacamos o 1º Encontro de Arte Global realizado, na Amadora, em Dezembro de 1999, homenageado Artur Bual e mais recentemente, entre Novembro de 2008 e Fevereiro de 2009 o 2º Encontro de Arte Global, acontecimento mobilizador de públicos, inovador e artisticamente válido, centrado na figura multidisciplinar que foi Mário Cesariny, que contou entre outras iniciativas, com as exposições “Albergue da Liberdade” com obras de Mário Cesariny; Mobility “Re-reading the Future” com obras de jovens artistas de países U.E.; mostras individuais de João Garcia Miguel, Gabriel Garcia e Fernando Aguiar; o Ciclo Internacional de Performance e o Ciclo Internacional Vídeo-Performance e Vídeo-Arte; Espectáculos e Ateliês de Arte Global; sessões de Homenagem a Luiz Pacheco, Artur Bual, Fernando José Francisco e Mário Cesariny; Conferências que se realizaram em locais tais como o Panteão Nacional, o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, a Perve Galeria o edifício da Junta de Freguesia de Stº Estêvão em Alfama. A par com estas iniciativas, O Colectivo Multimédia Perve tem desenvolvido trabalho ligados quer ao multimédia interactivo, quer ao audivisual, centrados na criação artística contemporânea, vista a uma escala global, que lhe valeram alguns dos mais importantes prémios, nessas áreas, a nível nacional e internacional. A consulta de mais informação acerca das iniciativas realizadas pode ser feita através do acesso aos sites www.perve.org.pt e www.pervegaleria.eu 

Resumo biográfico do comissário do ciclo “Os Surrealistas”

Carlos Cabral Nunes, nasceu em 1971 em Moçambique. Foi aluno na Academia Artística de Remscheid, Alemanha, em 1989. Amigo, e admirador da obra de Artur Bual e de Mário Cesariny, a eles deve o incentivo para expor, a partir de 1997. Em 1997, realiza o manifesto de Arte Global, que deu origem no mesmo ano, à criação do Colectivo Multimédia Perve, de que é membro fundador e coordenador artístico. No âmbito da Arte Global, realizou vários espectáculos, ateliês e performances, entre 1997 e 2005. Em 1999, organizou e comissariou o 1º Encontro de Arte Global, envolvendo dezenas de artistas de vários países. Foi membro do júri do Top Talent Award em 2003, na Austria. Frequentou o curso de Digital Multimedia Authoring no Arthouse Multimedia Centre for the Arts, Dublin, Irlanda, e é membro permanente da Academia Europeia de Media Digital, Utrecht, Holanda. Exerce funções de comissário e curador das exposições de arte contemporânea realizadas pela Perve Galeria, de que é também sócio-gerente, desde 1999. Em 2008 fez curadoria do projecto expositivo "O.U.T. - The underground" para a Trienal Internacional de Arte Contemporânea de Praga, na República Checa e, neste mesmo ano, organizou e comissariou as exposições internacionais itenerantes "Mobility - Re-reading the future", em parceria com as Galerias Nacionais da República Checa e da Bulgária, da Fundação Turlej, na Polónia e da Academia Finlandesa de belas Artes, envolvendo 21 artistas Europeus oriundos dos cinco países europeus envolvidos e comissariou também a exposição itinerante "Lusophonies", envolvendo artistas da Lusofonia e obras provenientes de várias colecções, que se apresenta primeiramente em Dakar, Senegal, seguindo-se apresentações em Angola, Moçambique, Cabo-Verde e Brasil. Fez Rádio e Jornalismo, entre 1989 e 1991 e desde então assina, esporadicamente, artigos de opinião em revistas e jornais em Portugal e no estrangeiro. Criou e dirigiu as editoras discográficas independentes Área Total (1988-1992), Fábrica de Sons e SkyFall (1994-1996), tendo produzido centenas de grupos de música moderna portuguesa e internacional, para essas editoras e também para a Movieplay e Sony Music, editora onde trabalhou 2 anos no departamento de marketing e produção. Participa regularmente como formador e orador, expondo o seu trabalho audiovisual e multimédia interactivo, em cursos, seminários e conferências em território nacional e em países tais como Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Irlanda, República Checa e Áustria. É realizador da série documental NOMA, composta por 24 curtas-metragens dedicadas à arte contemporânea nacional e internacional. Frequentou a licenciatura em Estudos Europeus da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, completou a pós-graduação em Gestão de Mercados da Arte no INDEG - Business School, organizado pelo ISCTE e pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Nessa mesma instituição, prepara uma Tese de Mestrado sob o título "Arte Global", a entregar em 2009. Textos seus foram publicados em livros e catálogos em vários países. O seu trabalho audiovisual e multimédia tem sido premiado, desde 2001, nacional e internacionalmente.

RESUMOS BIOGRÁFICOS

Artistas intervenientes na “Revisitação da 1ª exposição de Os Surrealistas”

- CABRAL NUNES (n.1971), fez o curso Desktop Multimedia Authoring no Arthouse Multimedia Centre for the Arts, Dublin, Irlanda e estudou música e técnicas de composição em vários centros, tendo tomado contacto com o mundo artístico através de seminários, cursos e workshops, nomeadamente de serigrafia, teatro, escrita, fotografia, pintura, dança, em Portugal e no estrangeiro. Com vastos conhecimentos de multimédia, é co-autor do conceito de Arte Global (1997) -o inter-relacionamento de linguagens artísticas, incluindo as novas tecnologias, mantendo uma narrativa não-linear comum e aglutinadora. É membro fundador, autor e coordenador das áreas artísticas do Colectivo Multimédia Perve. Realiza exposições individuais e participa em mostras colectivas desde 1997. Foi distinguido com: Grande Prémio Multimédia APDC e Prémio Jovem APDC, Europrix, Prémio Nacional de Multimédia APMP e Prémio Jovem – Bienal de Cerveira, entre outros.

- EVA ALVES (n. 1980), estudou Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Frequenta o mestrado em pintura (variante teórico-prática), na FBAUL. Frequentou vários Workshops: Técnicas Contemporâneas de Trabalho em Vidro (dir. Michael E. Taylor, FBAUL, 2002); Técnicas de Desenho (dir. Maria João Gamito, FBAUL, 2001). Participou em várias Exposições com destaque para Jovem Aposta em Ti (2006), Prémio de Pintura e Escultura Artur Bual 2005 (2005); Anteciparte 2005 (Estufa-Fria, Lisboa, 2005) e Exposição de Finalistas da Faculdade de Belas Artes 2004/2005 (Galeria Mitra, Lisboa, 2005).

- FERNANDO AGUIAR (n.1956), licenciou-se em Design de Comunicação pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Desde 1972, dedica-se à poesia experimental e visual utilizando os mais diversos suportes. Publicou 18 livros, realizou 31 exposições individuais e participou em cerca de 430 exposições colectivas. Desde 1983 apresentou mais de 100 performances poéticas em vários países europeus, Canadá, México, Brasil, U.S.A., Japão, Colômbia e em Cuba. Organizou diversas exposições e Festivais de Poesia e de Performance em Portugal, Itália, França e no Brasil. Em 1986 e 1988, organizou em Portugal os “Econtros de Performance”, iniciativa que retomou em 2008, no 2º Encontro de Arte Global.

- GABRIEL GARCIA (n.1977, Açores), entre 1994/96 frequentou a Academia das Artes de Ponta Delgada nos ateliers de desenho e pintura orientados pelo pintor Filipe Franco. Licenciou-se em 2004 em pintura pela FBAL. Tem também formação em: ilustração científica, gravura, fotografia e audiovisuais. Expõe desde 2004 com gravura, pintura e instalação e os seus trabalhos integraram já diferentes projectos nacionais e internacionais.

- JOÃO GARCIA MIGUEL (n.1961, Lisboa). Licenciado em Pintura pela ESBAL, Mestre pelo ISCTE com a tese: "O Actor Imagem" e Doutorando em Teoria, Historia y Práctica del Teatro na Univ. Alcalá de Henares, em Madrid, lecciona Teatro, Animação Cultural, Som e Imagem na ESAD das Caldas da Rainha. Foi formador na Antº Arroio, no Balleteatro, no Centro Português de Design, no Fórum Dança, no CEM e tutor de estágio académico em colaboração com a Univ.de Évora. É membro fundador do grupo Canibalismo Cósmico, da Galeria ZDB e do grupo de teatro OLHO com o qual organizou o Festival X que dirige artisticamente. Intérprete e encenador com trabalho reconhecido e galardoado, tem integrado regularmente exposições de pintura, vídeo e instalação. Actualmente assume a direcção artística do Cine-Teatro de Torres Vedras.

- CHRIS HALES (n.1961,UK) artista intermédia, dedica-se à criação, experimentação e realização de filmes interactivos com uma forte ênfase visual. É Doutorado pelo RCA (Departamento de Cinema e TV), e ensinou como "Senior Lecturer" na Faculdade de Artes da UWE, em Bristol, até 2001. As suas instalações e CDroms interactivos tem sido publicados e apresentados por todo o mundo em galerias, festivais e bienais. Apresentou palestras, seminários, conferências e worshops em inúmeros países sendo considerado internacionalmente um expert do multimédia e da interactividade. A sua 1ª apresentação em Portugal decorreu em 2008 no 2º EAG realizado pela Perve.

- STANISLAV MILER - Eco-artista Checo encontra-se em permanente viagem pelo mundo num veículo movido a óleo de cozinha reutilizado e recolhido ao longo de um percurso no qual estabelece diálogos com as populações, procurando respostas e registando anseios. O seu trabalho é colocado em tempo real na rede global de forma interactiva, manipulável. A instalação interactiva resultante das viagens, possibilitou já múltiplas apresentações em exposições e projectos de curadoria realizados em bienais de arte contemporânea possibilitando interpretações sobre o objecto criado e sobre o seu caminho futuro, assim como a reflexão e interacção do público com a obra e com o autor - em contínua viagem, agora até à China seguindo a rota traçada por Odoric no séc. XV.

-MANUEL JOÃO VIEIRA, licenciou-se em pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Fundador e líder das bandas Ena Pá 2000 e Irmãos Catita; artista plástico, compositor, músico e cantor, criou e encarnou diversas personagens em palco (ex: Lello Universal e Catita). Foi membro do movimento Homeostético, juntamente com Pedro Proença, Pedro Portugal, Ivo Silva, Xana e Fernando Brito, desenvolvendo desde sempre actividade enquanto artista plástico.
-INÊS M. CURTO (n. 1980 Lisboa), licenciada em Pintura pela FBAL, expõe em mostras colectivas com alguma regularidade desde 1995. Mais recentemente a sua obra tem vindo a ser apresentada pela Galeria António Prates em exposições, mostras e feiras de arte em Portugal e Espanha. Frequenta actualmente o Mestrado em Gestão de Mercados de Arte no INDEG- ISCTE.

-PANCHO GUEDES (n. 1925 Portugal), arquitecto, escultor, pintor e Professor, estudou em diferentes partes do mundo, dirigiu o departamento de arquitectura da Univ.de Witwatersrand (Joanesburgo). O seu período mais criativo viveu-o em Moçambique nos anos 50/60, onde fez mais de 500 projectos para edifícios, muitos construídos em Moçambique, Angola, África do Sul e Portugal. É por isso bastante conhecido um pouco por todo o mundo, sobretudo em meios ligados à arquitectura. Foi um pós-moderno 20 anos antes do termo ser inventado. É comendador da Ordem de Santiago e Espada, recebeu a Medalha de Ouro para a Arquitectura do Instituto dos Arquitectos Sul-africanos, assim como o grau de doutorado honoris causa pelas Univ. de Pretória e Wits, na África do sul e pela Univ. Técnica de Lisboa. Actualmente o Museu Berardo exibe uma grande exposição de homenagem à sua vida e obra.

-NUNO ESPINHO (n. 1971), músico e artista plástico, formou o grupo “Coty Cream" (1989) e o grupo Perve (1992) e trabalhou com vários artistas tais como o grupo de teatro O Bando, Artur Bual, Vítor Pi, Vítor Rua, entre outros. Realizou um concerto em Madrid integrado no festival internacional de música Festimad. Participou no espectáculo “Rhys Chatham & as 100 guitarras - An angel moves too fast to see” realizado no Coliseu dos Recreios de Lisboa, com uma orquestra de 100 guitarras eléctricas (1996). Fundou (1997) e é membro da direcção do Colectivo Multimédia Perve (Coordenação, Direcção Artística e Participação em eventos de Arte Global no âmbito das actividades da Associação: Apelo aos Sentidos, PAZ XXI, Lente Bual, Pincéis do Futuro, Acasos Românticos e Cor de Liberté). Em 1998 fez a recolha etnográfica, coordenação artística e sonoplastia para documentário interactivo Noma Kan Djan Arte em Moçambique, Trilogia Artur Bual (1999/2001), Globalismo. Produção das exposições Olhos do Mundo, Assombramentos, Maninguemente Ser, Sur Sensus, Razões de Existir I, M.Arte, Perve Acervo 2001, Nós Para Além do Mar, Sulcos roxos do Olhar, 5+2=3, Razões de Existir II (2000/2003). Participou na exposição colectiva Razões de Existir II, com 5 trabalhos, Perve Galeria, Lisboa (2002) e na exposição Perve Acervo 2001 com a Instalação Decisão (2002). Foi agraciado com vários prémios: Produção, Desenvolvimento e Composição Sonora do CD-Rom Multimédia interactivo Trilogia com Artur Bual e Noma Kan Djan Arte em Moçambique Prémio Multimédia XXI, Portugal 2001; Produção e Design de Som da Instalação Inventário Cromático, Prémio Jovem Multimédia na XI Bienal de Cerveira, 2001.

- RICARDO CASIMIRO (n. 1947, Setúbal), artista autodidacta, formou-se em Eng.Química e iniciou o seu percurso como ceramista apenas aos 53 anos. Foi docente de português a estrangeiros de quase todas as nacionalidades, tendo aproveitado para aprender com as suas culturas. Abriu o seu próprio atelier de arte cerâmica, onde trabalha a tempo inteiro, executando peças de autor.

 
 

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