VII Colóquio Internacional
"Discursos e Práticas Alquímicas"
LAMEGO - SALÃO NOBRE DA CÂMARA MUNICIPAL
22-24 de Junho de 2007

TERESA TUDELA
De Cachorro a Sophia
a alquimia crística revivenciada em substância-mulher

SUMÁRIO. Parece que há uma verdade empírica nas coisas. Temporariamente pelo menos.

Parece que terá havido, na verdade empírica, uma história contada, em Sevilha, a uma mulher-poeta, chamada Sophia sobre um cigano chamado Cachorro e o escultor de um Cristo que, tendo dado nascimento à sua obra, aniquila o humano modelo eleito. Assim reza a lenda, contada numa igreja de Triana pelo poeta João Cabral de Melo.

Acaba aqui a verdade empírica, ou o que assim chamamos para facilidade de ordenação de ingredientes e planos que se não deixam nomear facilmente.

Há, portanto, uma mulher que se deixa incendiar pela chama de uma história. Há uma mulher que revê um homem-cigano que se tivera tornado um pensamento feito estátua e uma ideia cujo cristal sólido perfurou a imagem da carne e a aniquilou. Presumivelmente, para dela libertar, em vida, a solidificação de uma criação, em estátua.

Há, portanto, uma estátua. Não mais homem – nem cigano, nem Cristo, nem escultor de vida, nem autor temporário de um sopro de sacralidade. Há um ímpeto cego, uma morte, uma lenda e uma estátua.

Há uma mulher que faz da corporização de uma lenda de uma escultura uma imagem e a resgata, a liberta do gume de uma faca que aniquila. E da negritude de uma história humana, faz reviver, porque em si, a celebração da chama e da sacralidade da vida.

Falaremos do Cristo Cigano de Sophia (de Mello Breyner Andresen), Sevilha/Lisboa, 1959 e de todo-o-tempo-após em que podemos, nós leitores, por sua mão, revisitá-la. Por comunhão, revivê-la.

 

Quando eu morrer hei-de voltar
Para viver os momentos que não vivi junto ao mar

 

Amanheceu
sobre a noite em que já não estás
entra o vento norte insidioso pelas frinchas
e traz um nome: Sophia
deixa a primeira sílaba
embalada no azul do
horizonte e transporta
o ‘i’ por entre os dentes
da janela
suspenso o ‘a’ no ar
desde sempre
no estro das coisas que buscaste
e por viveres em luz te pertenceram
e nelas te fundiste e
derradeira te tornaste
sol vento
a onda que expira para te dar
como pediste
os momentos
que não vivi junto ao mar

aqui estou
nesta praia
vim por eles por ti

são teus

não precisas voltar

nesta manhã recomeças o mundo:
do teu coração de gruta
sublime
a poesia sagra a claridade
e te reúne

Teresa Tudela, 03 Julho, 2004.

Proponho-lhes, portanto, uma reunião a partir desta dualidade, morte – redenção da morte pela palavra poética; uma re-união com a palavra alquímica de Sophia de Mello Breyner Andresen re-enunciando uma lenda que circunda, ou re-volve, à volta de um Cristo. Este foi um momento que Sophia não viveu “junto ao mar”. Acercou-se de uma história, acercou-se da sua própria humanidade. O Cristo Cigano constitui um momento raro na sua poesia. Tentaremos ir pelos “fios”.
Diz-nos a autora numa das suas poéticas:
“[p]ois a poesia é a minha explicação com o universo, a minha convivência com as coisas, a minha participação no real, o meu encontro com as vozes e as imagens. Por isso o poema não fala de uma vida ideal mas sim de uma vida concreta [...]. (Sophia de Mello Breyner Andresen, Geografia, Editorial Caminho, Lisboa, 2004: 95, 96.)
Há, pois, uma verdade empírica. Neste caso, uma história contada, em Sevilha, a uma mulher-poeta, chamada Sophia sobre um cigano chamado Cachorro e o escultor de um Cristo que, tendo dado nascimento à sua obra, aniquila o humano modelo eleito. Assim reza a lenda contada numa igreja de Triana pelo poeta brasileiro, João Cabral de Melo.
Acaba aqui a verdade empírica, ou o que assim chamamos para facilidade de ordenação de ingredientes e planos.
Há, portanto, uma mulher que se deixa incendiar pela chama de uma história. Há uma mulher que revê um homem-cigano que se tivera tornado um pensamento feito estátua e uma ideia, cujo cristal sólido perfurou a imagem da carne e a aniquilou. Presumivelmente, para dela libertar, em vida, a solidificação de uma criação, em estátua.
Há, portanto, uma estátua. Não mais homem – nem cigano, nem Cristo, nem escultor de vida, nem autor temporário de um sopro de sacralidade. Há um ímpeto cego, uma morte, uma lenda e uma estátua.
Há uma mulher, que faz da corporização de uma lenda de uma escultura uma imagem e a resgata, a liberta do gume de uma faca que aniquila. E da negritude de uma história humana, faz reviver, porque em si, na sua palavra poética, a celebração da chama e da sacralidade da vida.
Propomos neste trabalho uma “escuta”, tal como terá sido a de Sophia, que resultou no poema longo O Cristo Cigano. Propomos trazer à evidência do confronto as componentes múltiplas presentes na sua complexidade de sombra: “sombra dourada” e espelhamento; arrogância-humildade; aniquilação-sublimação; morte e Conhecimento.

Diz Octávio Paz em O Arco e a Lira:
“A pedra triunfa na escultura, humilha-se na escada. A cor resplandece no quadro; o movimento, no corpo, na dança. A matéria, vencida ou deformada no utensílio, recupera o seu esplendor na obra de arte. A operação poética é de signo contrário à manipulação técnica. Graças à primeira, a matéria reconquista a sua natureza: a cor é mais cor, o som é plenamente som. Na criação poética não há vitória sobre a matéria ou sobre os instrumentos, […] mas um colocar em liberdade a matéria. Palavras, sons, cores e outros materiais sofrem uma transmutação mal ingressam no círculo da poesia.” Octávio Paz, O Arco e a Lira,
Ouviremos inevitavelmente o espelho/eco em Sophia: “Um poema foi sempre um círculo traçado à roda duma coisa, um círculo onde o pássaro do real fica preso.” (Palavras ditas em 11 de Julho de 1964 …)
Diremos, ainda com Octávio Paz, que, sem deixar de ser palavra, o poema transcende a história. O poema é mediação: graças a ele, o tempo original, pai dos tempos, encarna-se num momento. Esta a alquimia que re-visitamos com Sophia.
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Na história da estátua em questão, a pedra original começa por se encarnar (ganhar um corpo pré-texto) através da mediação interlocutória com um modelo humano – recaindo a sua escolha, entre as infindas probabilidades do real, sobre um ser “ínfimo” da espécie – um “cigano”.
Sem abstrair das pertinentes considerações impostas pelo “politicamente correcto” e pela conquista de espaço de respeito levada a cabo pela recente revalorização das minorias, é um facto que “cigano” epitomizava, então, um muito mau exemplar da espécie, um exemplar com características e defeitos tais, que se tornavam nomeáveis apenas no “outro”, em “outra” casta, numa outra raça.
À incomodidade desta antinomia formal, cristo – cigano, acrescenta-se o facto de este cigano em particular se chamar “Cachorro”. Ora, “abaixo de cão” é a expressão que usamos para designar o infra-humano, aquilo que se situa abaixo do mais baixo nível humano.
Deste sarcástico contraste, lapidarmente oferecido pelas circunstâncias do labirinto do real, resultará um desfecho circularmente dual - a perfiguração da dualidade do Bem e do Mal, o trespassamento aniquilador da carne e a sua redenção, pelo acto de re-criação em “abandono ascendente” (Octávio Paz), em união de Amor.
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“Estar em perigo de vida é estar em perigo de tempo, de metamorfose e de mutação de imagem.”, diz-nos Maria Gabriela Llansol.
Não o saberia o cigano, Cachorro, enquanto humanamente posava para o artesão/escultor.
Imaginamo-lo, enganosamente avolumando a sua matéria-prima, enquanto manipula habilmente o escopro, diante da forma humana eleita como émulo de perfeição.
A gigantesca pedra, entre as mãos, a elevar ao topo da montanha. Uma espécie de Sísifo-escultor, bradando o desafio da sua paixão cega, a hybris crescendo-lhe nas têmporas até ao ápice fatal.
Para além da lição do não-significado das tarefas levadas a cabo com força, pertinácia arrogância e desamor, de que nos fala o mito cármico de Sísifo, ele fala-nos, também, da “desmedida” - de como o pedregulho que carrega é “grande” demais, tão grande que nem se equilibra no topo da montanha e por isso rola e rolará inelutavelmente pela encosta abaixo.
Estaremos colocados perante a mesma estupefacção ao considerar como a tarefa proposta ao artesão-escultor é por ele transformada em desmedida, em paixão (não a “paixão” de Amor, transfiguradora e redentora, mas a paixão que cega e aniquila); não, como se esperaria, a pulsão de criar a forma de(/para) um pensamento, mas a de elevar o homem comum à altura de portal do Divino. (Christ’s words “I am the gate”, citação em S. Boaventura, The Mind’s Journey to God)
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Se em Pigmaleão a aspiração recebe os favores de Vénus e se transmuta na perfeição de Galateia, ou se, com Gepeto, ela se torna ainda mais humanamente bondosa e perfigura o amor maternal/paternal de nurturing e autonomização da sua “cria” (“cria”, mais do que criação) a resolução complexifica-se inexoravelmente quando o artefacto, o “boneco”, a forma resultante do ofício, é um cristo.
Pinóquio é um bonequinho engraçado, um rapazinho que comete diabruras, como lhe compete. A Cristo compete a redenção do Homem.
Cortar os fios da marionette, Pinóquio, produz uma transfiguração inesperada – a do nariz. Diz-nos com infinita graça e bonomia que é preciso cuidado - o menino “mente” - aquela história é bonita, mas é mentira…
A paixão de Cristo tem outras ressonâncias.
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Enquanto, na lenda, o escultor aniquila o seu referente próximo, possivelmente numa imitatio dei desvirtuada em suprema arrogância, em relação ao referente crístico por si talhado, o poema O Cristo Cigano, usando o mesmo pré-texto, a mesma matéria-prima e a mesma ferramenta de dois gumes, (a “faca”), é uma interlocução redentora.
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Sobre a natureza de “revelação”, de transmutação da poesia, diz-nos Sophia, em momentos vários das suas poéticas (incluídas nas obras posteriores Dual, Geografia,):

E há uma espécie de jogo com o desconhecido, o «in-dito», a possibilidade. (Sophia de Mello Breyner Andresen, Editorial Caminho, Lisboa, 2004: 76 – 79)
V[e]m de um mundo onde a aliança foi quebrada. Mundo que não está religado nem ao sol nem à lua, nem a Ísis, nem a Deméter, nem aos astros, nem ao eterno. Mundo que pode ser um habitat mas não é um reino.
O reino agora é só aquele que cada um por si mesmo encontra e conquista, a aliança que cada um tece.
Este é o reino que buscamos [... ...]. Reino que com paixão encontro, reúno, edifico. Reino vulnerável. Companheiro mortal da eternidade. (Sophia de Mello Breyner Andresen, Geografia, Editorial Caminho, Lisboa, 2004: 93, 94)
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“Quem procura uma relação justa com a pedra, com a árvore, com o rio, é necessariamente levado, pelo espírito de verdade que o anima, a procurar uma relação justa com o homem. Aquele que vê o espantoso esplendor do mundo é logicamente levado a ver o espantoso sofrimento do mundo. Aquele que vê o fenómeno quer ver todo o fenómeno. É apenas uma questão de atenção, de sequência e de rigor. E é por isso que a poesia é uma moral. E é por isso que o poeta é levado a buscar a justiça pela própria natureza da sua poesia.”
(Palavras ditas em 11 de Julho de 1964 no almoço promovido pela Sociedade Portuguesa de Escritores por ocasião da entrega do Grande Prémio de Poesia atribuído a Livro Sexto.)
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“A poesia [... ] pede-me [...] a inteireza do meu ser, uma consciência mais funda do que a minha inteligência, uma fidelidade mais pura do que aquela que eu posso controlar. Pede-me uma intransigência sem lacuna. Pede-me que arranque da minha vida que se quebra, gasta, corrompe e dilui uma túnica sem costura.” (Sophia de Mello Breyner Andresen, Geografia, Editorial Caminho, Lisboa, 2004: 95, 96)
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Ouçamo-la:
A palavra faca
De uso universal
A tornou tão aguda
O poeta João Cabral
Que agora ela aparece
Azul e afiada
No gume do poema
Atravessando a história Caminho, 2003: 1

No meio da tarde
Um homem caminha:
Tudo em suas mãos
Se multiplica e brilha.

O tempo onde ele mora
É completo e denso
Semelhante ao fruto
Interiormente aceso.

No meio da tarde
O escultor caminha:
Por trás de uma porta
Que se abre sozinha
O destino espera.

E depois a porta
Se fecha gemendo
Sobre a Primavera. Caminho, 2003: 9

O destino eram
Os homens escuros
Que assim lhe disseram:

— Tu esculpirás Seu rosto
de morte e de agonia. Caminho, 2003: 11

Pelos campos fora
Caminhava sempre
Como se buscasse
Uma presença ausente.

«Onde estás tu morte?
Não te posso ver:
[... ...]

A ti me enviaram
És tu meu destino
Mas diante da vida
Eu não te imagino

[... ...]
Onde a tua imagem
Ou o teu retrato
Nas coisas que eu amo?

Onde a tua voz
Ou a tua presença
Na voz deste dia?

Aqui onde habito
Há o sol a pique
O mar descoberto
A noite redonda
O instante infinito.

[... ...]
E como te amarei
Tanto que em meus dedos
Tua imagem floresça
E entre as minhas mãos
O teu rosto apareça?» Caminho, 2003: 15

O ENCONTRO

Redonda era a tarde
Sossegada e lisa
Na margem do rio
Alguém se despia.

Sozinho o cigano
Sozinho na tarde
Na margem do rio

Seu corpo surgia
Brilhante da água
Semelhante à lua
Que se vê de dia

Semelhante à lua
E semelhante ao brilho
De uma faca nua.

Redonda era a tarde. Caminho, 2003: 17

O AMOR

Não há para mim outro amor nem tardes limpas
A minha própria vida a desertei
Só existe o teu rosto geometria
Clara que sem descanso esculpirei.

E noite onde sem fim me afundarei. Caminho, 2003: 19

A (sobrevinda) SOLIDÃO

A noite abre os seus ângulos de lua
E em todas as paredes te procuro

A noite ergue as suas esquinas azuis
E em todas as esquinas te procuro

A noite abre as suas praças solitárias
E em todas as solidões eu te procuro

Ao longo do rio a noite acende as suas luzes
Roxas verdes azuis.

Eu te procuro. Caminho, 2003: 21

(E as sobrevindas) TREVAS

O que foi antigamente manhã limpa
Sereno amor das coisas e da vida
É hoje busca desesperada busca
De um corpo cuja face não é oculta. Caminho, 2003: 23

CANÇÃO DE MATAR

Do dia nada sei

O teu amor em mim
Está como o gume
De uma faca nua
Ele me atravessa
E atravessa os dias
Ele me divide

Tudo o que em mim vive
Traz dentro uma faca
O teu amor em mim
Que por dentro me corta

Com uma faca limpa
Me libertarei
Do teu sangue que põe
Na minha alma nódoas

O teu amor em mim
De tudo me separa
No gume de uma faca
O meu viver se corta

Do dia nada sei
E a própria noite azul
Me fecha a sua porta

[...]
Com uma faca limpa
Me libertarei. Caminho, 2003: 26

MORTE DO CIGANO

Brancas as paredes viram como se mata
Viram o brilho fantástico da faca
A sua luz de relâmpago e a sua rapidez. Caminho, 2003: 27

APARIÇÃO

Devagar devagar um homem morre
[... ...]

Veloz veloz o sangue foge
[... ...]
Uma ferida no seu flanco o mata

[... ...]
A sua face é dor e morte crua

E devagar devagar o rosto surge
O rosto onde outro rosto se retrata
O rosto desde sempre pressentido
Por aquele que ao viver o mata

[...]
A morte como um escultor
Os traços e o perfil
Da semelhança interior. Caminho, 2003: 29, 30

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Há também momentos em que transcendemos a nossa própria história pessoal, a nossa própria história de vida. Não será por acaso, e menos ainda linear, que a obra seguinte de Sophia se intitula Livro Sexto, seguido de Geografia e de Dual.
Não será por acaso que, na sua depuração essencial, estas palavras de revelação e alquimia interior se assemelham de modo inequívoco, ao Castelo Interior, ou As Moradas de Stª Teresa d’Ávila (1577), apesar do seu estilo de roupagens defensivas e Barrocas, particularmente nas VII Moradas e nos capítulos II e III, nas imagens e metáforas impressionistamente descritivas da vivência do amor místico e do erotismo da união espiritual, ao mesmo tempo libertadora e potencialmente portadora de grandes riscos de novo sofrimento, solidão e subsequentes quedas da alma.
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Em alteridade mediática, (em entrevista ao Jornal de Letras e Artes) a autora de O Cristo Cigano encurta razões da seguinte maneira:
“É muito difícil a um poeta dizer o que significa um poema. A poesia é uma síntese. Num poema estão expressas inumeráveis experiências, mais ou menos transpostas. Direi que o pretexto deste poema foi [um]a lenda. [...] Mas esta lenda foi apenas um ponto de partida que me forneceu o suporte narrativo do poema, pois o tema interior deste estava já antes comigo. [...] Este tema é o encontro com Cristo.”
E continua um pouco adiante:
“Porque se virarmos a cara ao sofrimento, a vaidade da felicidade perfeita nos levará à monstruosidade e ao crime. Há muitas maneiras de matar.”

 

Teresa Tudela nasceu na cidade do Porto. É mestre em Língua, Literatura e Cultura Inglesa, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade do Minho.

No seu percurso literário mais recente, a autora reúne em volume Sete Transmutações da Casa, Editora Ausência, Porto, 2002. Seguem-se participações em publicações colectivas e on-line; no âmbito de Coimbra Capital Portuguesa da Cultura, participa em O Fulgor da Língua e no poema colectivo O Estado do Mundo; tradução de poetas estrangeiros — Seminários da Casade Mateus/Quetzal Editores; finalmente, em colectâneas e antologias temáticas, designadamente Na Liberdade, Antologia Poética, Garça Editores, Peso da Régua, 2004; OS OUTROS, Antologia de Poesia Portuguesa: anos 80 e depois, Editora Ausência, Porto, 2004; Algarve todo o mar, Colectânea, Adozinda Providência Torgal e Madalena Torgal Ferreira (sob a organização de), Dom Quixote, Lisboa, 2005; A Poesia serve-se fria!, antologia da II Bienal de Poesia de Silves, Silves, 2005; participação em Júlio de Matos, Herbarium, Blueprints 1980, Dematos Designers, Porto, 2006; participação no número 0 da revista “Folium”, Penafiel, 2006.

Recebe o Prémio Litterarius para Poesia, Maio, 2006.

Ainda em 2006, publica T a Bernardim, na Campo das Letras, poesia acompanhada pelo dizer da autora, em CD oferecido com o livro.

No âmbito académico publica artigos em volumes e periódicos da especialidade e on-line, no domínio de Tecnologias Educativas, Women’s Studies e Cultura, nomeadamente, “Intertexts, Cytexts, a Body Online”, em Identity and Cultural Translation: Writing across the Borders of Englishness, Peter Lang AG, 2006. Publica Propostas de Leitura para Generation X — algumas Implicações da Escrita/Comunicação Mediatizada por Computador, Politema, Porto, 2005, que resulta do seu escrito de mestrado.

Participa com frequência em seminários, conferências, tertúlias e apresentações de livros. Recentemente, participou na Conferência Paisagem e Literatura, organizada pela Associação Portuguesa de Ecologia da Paisagem, no Jardim Botânico da Universidade do Porto, com a comunicação “Simbologia e Apropriação do Meio Natural”; participou em celebrações do Dia da Poesia (2005) em Foz Côa, Penamacor e S. João da Madeira; apresentou o livro Gestos Esquecidos de Fernando José Rodrigues, na FNAC Arrábida; o livro As Asas do Açor de Gabriela Funk, na Casa dos Açores no Porto; fez parte da Mesa Redonda que acompanhou a exposição O Caminho do Leve, de Ernesto Melo e Castro, na Fundação de Serralves; apresentou a comunicação “Entendimento, sabedoria e arte – o contributo poético”, na Conferência Internacional de homenagem a António Gedeão Novos Poemas para o Homem Novo, ISMAI, 2006.

Durante alguns anos, manteve-se ligada à formação de professores, a profissionalização em exercício, a tecnologias de informação e comunicação em exploração educativa, a concepção de software educacional e a projectos e aplicações multimédia, nomeadamente o programa GEOPORT, 1º prémio no VI Concurso Nacional de Software Educacional, DEPGEF, M. E., 1995. Foi sócia fundadora e presidente (1992, ss) da APCL (Associação Portuguesa de Computadores e Línguas). Dirigiu o Departamento Multimédia do Instituto para o Desenvolvimento Tecnológico (1998 – 2001) e dirigiu a Unidade de Cultura do Instituto Superior de Engenharia do Porto (2001 – 2006). Paralelamente, é sócia fundadora do Instituto Verney para o Conhecimento, co-responsável pelo Projecto Jardim de Sophia e autora do sítio Mulheres Portuguesas do Século XX, em linha desde 2000, em : http://www.mulheres-ps20.ipp.pt.

 

INICIATIVA:
Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa (CICTSUL)
Instituto São Tomás de Aquino (ISTA)
www.triplov.org

Patrocinadores:
Câmara Municipal de Lamego
Junta de Freguesia de Britiande
Dominicanos de Lisboa

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